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Rússia pede à Interpol que emita mandado de detenção contra Khodorkovsky

A Rússia pediu à Interpol para emitir um mandado de detenção contra Mikhail Khodorkovsky, ex-magnata do petróleo, acusado pela justiça russa de organizar dois homicídios entre 1988 e 1999, informou hoje o Ministério do Interior russo.

Rússia pede à Interpol que emita mandado de detenção contra Khodorkovsky
Notícias ao Minuto

13:15 - 11/02/16 por Lusa

Mundo Ministério

"No passado dia 03 de fevereiro, o escritório nacional (russo) da Interpol solicitou à secretaria-geral da Interpol que inclua na sua lista de busca e captura Mikhail Khodorkovsky, acusado de crimes graves", disse um porta-voz daquele ministério, citado pela agência Interfax.

Em dezembro de 2015, um tribunal de Moscovo emitiu um mandado de detenção internacional contra o antigo magnata, fundador da petrolífera Yukos e em tempos o homem mais rico da Rússia, por ser o presumível organizador do assassinato do presidente da câmara de Nefteyugansk, Vladimir Petukhov, em 1988, e de um atentado contra um empresário, no qual morreu um guarda-costas.

Khodorkovsky, que reside atualmente na Suíça, não pretende restringir as suas deslocações após o pedido das autoridades russas à Interpol, disse em Moscovo a porta-voz do antigo magnata, Olga Pispanen.

Acérrimo adversário do Presidente russo, Vladimir Putin, Khodorkovsky sustenta que todas as acusações contra si têm uma motivação política.

"Ao contrário do nosso, o sistema judicial nos países democráticos é independente. Por isso confiamos que (na secretaria-geral da Interpol) terão em conta todos os aspetos do caso", disse Pispanen à Interfax.

Khodorkovsky esteve 10 anos preso por ter sido condenado por vários crimes económicos, mas sempre se declarou inocente. Foi libertado em dezembro de 2013, quando Putin o indultou por motivos humanitários.

Segundo o fundador da Yukos, a perseguição judicial contra si visou retirar-lhe a petrolífera após ter decidido financiar a oposição política ao Kremlin.

Pouco depois de ser acusado de organização dos assassínios, Khodorkovsky defendeu ser "inevitável e necessária" uma nova revolução na Rússia face à ausência de mecanismos legais de alternância no poder.

"A revolução deve ser pacífica. Esse é o nosso objetivo. Putin e o seu círculo mais próximo devem comparecer num tribunal independente e prestar contas por tudo o que fizeram", disse.

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