Seul suspende operações na zona industrial intercoreana de Kaesong
Seul respondeu hoje ao lançamento de um míssil por Pyongyang anunciando a suspensão das operações na zona industrial intercoreana de Kaesong, um dos últimos projetos comuns de cooperação entre o Norte e o Sul.
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Mundo Coreias
A Coreia do Norte lançou no domingo o que afirmou ser um foguetão para colocar um satélite no espaço, mas que a comunidade internacional considerou tratar-se de um teste de um míssil de longo alcance.
Um mês depois de um quarto ensaio nuclear realizado por Pyongyang, o lançamento do míssil foi fortemente condenado pela comunidade internacional que tenta reforçar as sanções contra o regime mais isolado no mundo.
Financiado pela Coreia do Sul, o complexo de Kaesong foi considerado aquando da sua abertura em 2004 como um símbolo da "reconciliação" entre as duas Coreias. Para Pyongyang, é uma fonte essencial de divisas estrangeiras.
"Decidimos suspender todas as operações no complexo de Kaesong para que (...) os nossos investimentos nele não sejam utilizados pelo Norte para financiar o seu desenvolvimento nuclear e balístico", declarou o ministro da Unificação sul-coreano, Hong Yong-Pyo, numa conferência de imprensa.
Situado a uma dezena de quilómetros da fronteira, do lado norte-coreano, Kaesong emprega 53.000 norte-coreanos em 124 empresas sul-coreanas, essencialmente de vestuário, eletrónica e produtos químicos.
O governo e empresas sul-coreanas investiram no complexo mais de mil milhões de wons (742 milhões de euros), precisou Hong.
No total, 184 empresários e executivos sul-coreanos trabalham atualmente em Kaesong e vão ser repatriados, disse o ministro, adiantando que Seul avisou Pyongyang da sua decisão.
A organização que representa as empresas sul-coreanas de Kaesong lamentou que Seul não lhes tenha permitido prepararem-se.
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