"A humanidade está no seu momento mais crítico"
Mediático linguista norte-americano não poupa nas críticas ao seu país de origem, dizendo que os Estados Unidos “destruíram muitas nações originais”.
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Mundo Noam Chomsky
Num extensa entrevista ao jornal espanhol La Jornada, o mediático linguista Noam Chomsky fez uma análise à atualidade internacional, com especial atenção para os Estados Unidos, o principal alvo das suas mais fortes críticas.
O ativista começa por dizer que a ‘sede de poder’ americana já vem desde os tempos em que os EUA não tinham sequer a noção de Estado definida. “Os Estados Unidos foram sempre uma sociedade colonizadora. Ainda antes de se constituir como Estado estava a eliminar a população indígena, o que significou a destruição de muitas nações originais”.
As críticas à política externa do seu país não se ficam por aqui. O filósofo argumenta que os Estados Unidos não só converteram Cuba “numa colónia”, como utilizou o país como um ‘atalho’ para invadir as Filipinas, onde “assassinou um par de centenas de milhares de pessoas”. Mais tarde, diz, “roubou o Hawai à sua população original, 50 anos antes de incorporá-la como mais um estado”.
Estendendo a análise a um panorama global, o alerta de Chomsky incide precisamente sobre o aquecimento global, o qual diz ser “o pior problema que a espécie humana jamais enfrentou”.
O filósofo diz até que esta temática está a “levar-nos para um desastre completo” e que por isso "a humanidade está no seu momento mais crítico", nomeadamente pela forma como irá escolher enfrentar o problema.
As responsabilidades, por seu lado, atribui-as facilmente: “É consequência da invasão norte-americana do Iraque, que é o pior crime do século”. Mais, “a invasão e as atrocidades que se seguiram instigaram a criação de uma monstruosidade chamada Estado Islâmico, que nasce com financiamento saudita, um dos nossos principais aliados no mundo”.
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