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Erdogan denuncia movimentações militares russas junto à Síria

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, preveniu hoje contra qualquer movimentação de tropas junto à fronteira com a Síria, após informações sobre recentes manobras de soldados russos no aeroporto de Qamichli (norte).

Erdogan denuncia movimentações militares russas junto à Síria
Notícias ao Minuto

15:58 - 22/01/16 por Lusa

Mundo Turquia

"Dissemos desde o início: não vamos tolerar essas formações de tropas ao longo da zona que vai da fronteira iraquiana ao Mediterrâneo", declarou aos media após as orações de sexta-feira.

"Vamos permanecer muito sensíveis a esta questão", acrescentou, precisando que vai abordar o assunto no sábado durante um encontro previsto para Istambul com o vice-presidente norte-americano Joe Biden.

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) referiu que "algumas dezenas" de soldados e engenheiros russos foram assinalados nos últimos dias no aeroporto de Qamichli, situado frente à cidade turca de Nusaybin (sudeste).

Erdogan referiu-se a informações que apontam para 200 soldados russos.

Qamichli, uma cidade de maioria curda na província de Hassaké, está sob o controlo conjunto das autoridades curdas locais e do regime sírio.

Fonte próxima do Governo turco precisou hoje à agência noticiosa AFP que a Turquia segue "de perto" as atividades militares russas na sua fronteira com a Síria, enquanto o vice-primeiro-ministro turco, Tugrul Türkes, considerava quinta-feira no parlamento que a presença russa "não pode constituir uma ameaça para a Turquia, membro da NATO".

Segundo o diário Hurriyet, o exército turco estabeleceu diversas trincheiras na zona minada da fronteira turco-síria, ao nível de Nusaybin. Os responsáveis militares russos, incluindo diversos membros dos serviços de informações, também visitaram Qamichli, acrescentou o jornal.

A Turquia e a Rússia atravessam uma grave crise diplomática após a aviação turca ter abatido em novembro um bombardeiro russo na fronteira síria.

Ancara acusa Moscovo, aliado, com o Irão, do Presidente sírio Bachar al-Assad, de ações militares contra a oposição moderada apoiada por Ancara, e sob o pretexto de uma campanha contra os rebeldes 'jihadistas' na Síria.

O ministro da Educação turco, Nabi Avci, também referiu no parlamento que as forças russas estacionadas em Qamichli mantêm ligações às milícias curdas da Síria.

A Turquia também tem manifestado particular inquietação com o reforço destas milícias, das Unidades de Proteção do Povo (YPG), que têm combatido os 'jihadistas' do Estado Islâmico (EI).

Ancara considera as milícias curdas sírias como uma "emanação" do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), em rebelião no território da Turquia com maioria de população curda desde 1984.

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