A dor e a beleza das mulheres tatuadas da Argélia
A Reuters conta-nos através da fotografia quem são as idosas argelinas cuja vida foi marcada por uma tatuagem.
© Reuters
Mundo Religião
Foram tatuadas no rosto em criança – era um símbolo de beleza e sorte - mas agora a ideologia mudou e as suas tatuagens passaram a ser consideradas um pecado.
Apesar de terem sido feitas há décadas, quando as tatuagens marcavam o padrão de beleza entre o povo de Chaouia, nas montanhas Aures, o facto de o islão condenar as marcas corporais faz com que estas idosas sejam alvo de discriminação e críticas.
E se algumas fizeram estas tatuagens por iniciativa própria, outras foram forçadas pelos pais, familiares ou marido.
“Era a regra e a moda, para ser bonita tinha de ser tatuada e assim o fiz”, contou à Reuters Fatma Tarnouni, de 106 anos, que foi tatuada aos 10 anos de idade.
“Eramos muito novas e mesmo que não tivéssemos um conhecimento extenso da religião estávamos longe de pensar que estávamos a cometer um pecado”, acrescentou Fatma Haddad, de 80 anos, que foi tatuada aos 18.
Para se tentar ‘redimirem’, muitas destas mulheres abdicaram das suas posses e viveram o resto das suas vidas em privação material.
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