Janeiro (7)

Dois homens com máscaras entram na redação do jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris, e matam 12 pessoas, incluindo o editor da publicação, vários cartoonistas e dois agentes da polícia. “A França está em choque”, afirmou François Hollande. Os culpados – Said e Cherif Kouachi – fogem e são mortos pelas autoridades no dia 9, após terem feito um refém numa fábrica nos arredores da cidade. Ainda no dia 9, Amedy Coulibaly (que já tinha morto uma agente de autoridade no dia 8) faz dezenas de reféns num supermercado kosher. Morreram quatro reféns. A polícia mata Coulibaly, que estava ligado aos irmãos Kouachi. Ataques foram ordenados por Ayman al-Zawahri, líder da célula da al-Qaeda no Iémen, em retaliação pelas caricaturas a Maomé.

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Janeiro (3 a 8) Boko Haram levou a cabo assassinatos em massa na Nigéria, com mais intensidade em Baga. O número de fatalidades permanece desconhecido com a imprensa e os governos a apontar números entre os 150 e os 2 mil mortos. Mais de 35 mil pessoas tornaram-se refugiadas em consequência dos ataques.

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Janeiro (20)

Tensões na Ucrânia: separatistas e Governo violam cessar-fogo. O aeroporto de Donetsk é ocupado por rebeldes e começam a surgir boatos de que estes são apoiados pela Rússia. O governo russo negou.

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Fevereiro (3 a 15) Militantes do autodenominado Estado Islâmico (ISIS) imolam pelo fogo um soldado da Jordânia feito refém. A Jordânia responde e o ISIS anuncia a morte de Kayla Mueller, norte-americana de 26 anos, dizendo que foi resultado dos ataques da Jordânia. Seguem-se as decapitações, também pelo ISIS, de 21 cristãos egípcios raptados de Sirte.

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Fevereiro (4)

O voo 235 da TransAsia bate numa ponte e despenha-se num rio pouco depois de descolar em Taiwan. Morreram 31 pessoas e 15 ficaram feridas.

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Fevereiro (14)

Dinamarca assiste ao ataque terrorista mais grave dos últimos 30 anos no país. Um atirador abre fogo num café onde o cartoonista Lars Vilks estava a dar uma palestra. Vilks está na ‘lista negra’ da Al-Qaeda pelas mesmas razões que estava o jornal Charlie Hebdo. Uma pessoa morre. Dia 15, novo ataque, desta vez numa sinagoga. Morre outra pessoa. Terrorista, Omar Abdel Hamid El-Hussein, de 22 anos de idade, é morto pela polícia nesse mesmo dia. El-Hussein tinha saído da cadeia, onde se radicalizou, duas semanas antes.

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Fevereiro (27) Uma das principais vozes opositoras de Vladimir Putin, o líder da oposição Boris Y. Nemstov, é assassinado em Moscovo, com quatro tiros nas costas, numa ponte perto da Praça Vermelha. Putin condenou o crime e prometeu investigação. Nemstov era um crítico público de Putin e da guerra na Ucrânia.

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Março (2) Iraque dá início a uma campanha agressiva contra o ISIS, com a ajuda do Irão. No dia 6, Boko Haram anuncia o seu apoio ao grupo extremista.

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Março (24) O voo 9525 da Germanwings despenha-se nos Alpes franceses num voo que partiu de Barcelona com direção à Alemanha. Morreram todos os ocupantes do aparelho (144 pessoas). Determinou-se dois dias depois que o despenhamento se deveu à ação do copiloto Andreas Lubitz, de 28 anos.

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Abril (9 a 11) Reunião entre John Kerry, secretário de Estado dos EUA, e Bruno Rodriguez, ministro dos negócios estrangeiros de Cuba,  seguida por uma reunião entre Barack Obama e Raul Castro. Uma aproximação entre os dois países que não tinha lugar há mais de 50 anos. Os dois líderes prometeram abrir embaixadas nos dois países. Bandeira americana é levantada em Cuba a 14 de agosto, na reabertura da embaixada.

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Abril (19)

Um navio com 850 pessoas afundou no Mediterrâneo. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados afirma que apenas 28 pessoas sobreviveram. Converte-se no acidente mais grave com refugiados até à data.

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Abril (25)

Um terramoto de magnitude 7.8 atinge o Nepal e causa a morte a cerca de 4 mil pessoas, deixando milhares de feridos e um rasto de destruição. Causa ainda uma avalanche no Evereste que vitima 17 pessoas. As réplicas dificultaram os processos de salvamento, já difíceis num local montanhoso e pouco preparado para um desastre desta magnitude. No dia 12 de Maio, o Nepal é novamente atingido por um terramoto de 7.8, causando mais 40 mortos e cerca de mil feridos.

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Abril (27) Exército nigeriano começa a libertar mulheres e crianças reféns do Boko Haram. No dia 28 são destruídos 13 campos do Boko Haram. No final do mês, tinham sido libertados 700 reféns.

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Maio (8) David Cameron é reeleito para um segundo mandato como primeiro-ministro. Ed Milidand, do partido Trabalhista, demite-se no dia seguinte.

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Maio (22) Irlanda legaliza casamento homossexual em referendo histórico (60,5%), 22 anos depois de a homossexualidade ser despenalizada no país.

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Junho (2) Onde de calor mata mais de 2 mil pessoas na Índia. Temperaturas atingiram os 48 graus centígrados em algumas cidades.

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Junho (18)

Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados revela número recorde de refugiados a sair de países em conflito: 59,5 milhões até ao final de 2014.

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Junho (26)

Seifeddine Rezgui, de 23 anos, abre fogo no resort turístico de Port El Kantaoui, assassinando 38 turistas. Em Março tinham sido mortas 22 pessoas num outro ataque na Tunísia, sendo então o segundo ataque em três meses. ISIS reclamou autoria dos dois ataques.

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Julho (15) EUA, Reino Unido, França, China, Rússia e Alemanha assinam acordo histórico com Irão para limitar capacidade do país dentro do armamento nuclear em troca de levantamento de sanções económicas.

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Agosto (17) Explosão mata 20 pessoas e fere 123 em Banguecoque, na Tailândia. Ninguém reclamou autoria do atentado.

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Agosto (21) Três americanos e um britânico (na imagem) desarmam um terrorista armado com uma metralhadora, num comboio em França. Dia 24, François Hollande atribui-lhes a maior homenagem francesa por bravura, a Legião de Honra.

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Agosto (24)

ISIS destrói templo de Palmyra, uma cidade histórica da Síria, e matam Khaled Asaad, arqueólogo de 81 anos de idade. O grupo extremista destrói importantes monumentos históricos.

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Setembro Crise migratória intensifica-se ao passo que os refugiados do Afeganistão, da Síria e de regiões do Norte de África fogem da guerra e das mortes. À chegada à Europa encontram limites de refugiados por região e a Hungria chega mesma a construir uma vedação. Os líderes da União Europeia reúnem-se no dia 14 para encontrar soluções mas não chegam a acordo.

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Setembro (23)

Esmagamento causa mais de 700 mortos em Meca, na Arábia Saudita, durante uma peregrinação.

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Outubro (10)

Dois ataques coordenados matam cerca de 100 pessoas em Ancara, na Turquia, naquele que é considerado o ataque mais mortífero em anos. Suspeita-se de bombistas suicidas. A Turquia é dos países que mais recebe migrantes da Síria.

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Outubro (26)

Terramoto de magnitude 7.5 atinge o sul da Ásia, com epicentro no Afeganistão. São registados 364 mortos e 2 mil feridos.

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Outubro (29)

China acaba com política de filho único, em vigor há mais de 30 anos. Todos os casais passam a poder ter dois filhos. Uma medida para pôr cobro ao envelhecimento da força de trabalho.

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Outubro (31)

Um avião da Airbus despenha-se na Península do Sinai, no Egito, pouco depois de descolar de Sharm el-Sheikh. Todas as 224 pessoas a bordo morrem. O ISIS reclama autoria do despenhamento, dizendo que plantou uma bomba no aparelho. Em novembro, Vladimir Putin, presidente russo, confirma que se tratou de ato de terrorismo e promete resposta ao Estado Islâmico.

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Novembro (4) O primeiro-ministro romeno, Victor Ponta, renunciou ao cargo, após uma manifestação de mais de 20 mil pessoas a exigir a sua demissão na sequência da morte de 32 pessoas num incêndio numa discoteca, no dia 30 de outubro. “Eu aguento com qualquer batalha política, mas não posso lutar contra o povo”, afirmou, numa conferência de imprensa.

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Novembro (13)

Três ataques coordenados da autoria do ISIS resultam em 130 mortos e centenas de feridos em Paris. Oito terroristas abriram fogo e/ou fizeram-se explodir na sala de espetáculos Le Bataclan, junto ao Estádio de França e numa zona de restaurantes. Sete dos oito jihadistas morrem durante os ataques, Salah Abdeslam continua a ser procurado. François Hollande fala num “ato de guerra” e inicia retaliações em Raqqa, a autodenominada capital do autoproclamado Estado Islâmico. Os EUA (dia 16) e a Rússia (dia 17) juntam-se a Hollande e enviam reforços com o mesmo intuito.

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Novembro (18)

As autoridades francesas iniciam, durante a madrugada, um raide num bairro dos subúrbios de Paris. O alegado autor moral dos ataques de dia 13, o belga Abdelhamid Abaaoud, é morto durante a operação. Abaaoud estava ainda ligado a quatro conspirações falhadas para cometer terrorismo em França, sendo uma delas o ataque ao comboio de agosto.

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Novembro (20)

Vários terroristas armados com granadas e armas de fogo entram num hotel em Mali e fazem 170 reféns. Forças especiais francesas e americanas juntam-se às tropas locais para retomar o hotel mas 27 pessoas acabam por morrer (incluindo dois terroristas). Ataque foi reclamado por um grupo extremista liderado por um antigo comandante da al-Qaeda, Moktar Belmoktar.

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Novembro (30)

A Conferência do Clima (COP-21) das Nações Unidas, em Paris, marca uma das maiores reuniões de líderes mundiais da história (147 líderes). Durante duas semanas, 30 mil diplomatas e outros responsáveis trabalharam em conjunto para criar um pacto global para a defesa do ambiente.

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Dezembro (2) Syed Rizwan Farook e Tashfeen Malik, um casal de origem paquistanesa residente nos Estados Unidos, atacou uma festa de Natal de trabalho de um órgão público, em San Bernardino, na Califórnia. Mataram a tiro 14 pessoas e deixaram 22 feridos graves. O homem, de 28 anos, e a mulher, de 27, acabaram por morrer num confronto com a polícia quatro horas mais tarde, quando fugiam. Malik tinha jurado obediência ao Daesh naquele mesmo dia, sendo o ataque investigado como um ato de terrorismo.

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Dezembro (5)

Um homem armado com uma faca feriu três pessoas na estação de metro de Leytonstone, em Londres, enquanto gritava, alegadamente, “isto é pela Síria”. Foi detido no local com recurso a um taser. Não se confirmaram ligações terroristas.

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Dezembro (20)

Um avião da Air France com 459 passageiros e 14 membros da tripulação a bordo, que tinha partido das ilhas Maurícias com destino a Paris, foi obrigado a aterrar de emergência no aeroporto internacional Moi, em Mombaça, na costa do Quénia, por causa de um alerta de bomba. Tratava-se, no entanto, de uma “bomba falsa”, uma fabricação composta por papel, cartão e um cronómetro, que fora colocada numa casa de banho do aparelho. Um casal foi detido para interrogatório.

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