Zoltan Istvan, candidato à Presidência da República dos Estados Unidos, é um dos mais excêntricos aspirantes à Casa Branca e faz campanha no ‘Autocarro da Imortalidade’, um veículo escolar transformado num enorme caixão.
“Trabalhava para a National Geographic. Viajava, fazia muitas coisas interessantes. Até que, de repente, quase pisei uma mina no Vietname. O meu guia atirou-se para cima de mim, mandou-me para o chão e salvou a minha vida. Foi quando decidi que era o momento de me dedicar a travar a morte. Deter a morte para mim e para as pessoas que amo”, explicou o norte-americano como justificação para a forma de estar na vida e na política.
Segundo a BBC, Istvan é escritor, filósofo e vidente, sendo que faz parte do Partido Transhumanista, que crê que a tecnologia tem o poder de transformar o corpo e a mente. Os transhumanistas sonham com a imortalidade e com a obtenção da perfeição física através do uso das tecnologias como a transferência da sua mente para computadores, manipulação genética e combinação entre o ser humano e os robôs.
Assim, o candidato viaja num autocarro em forma de caixão, que foi pago com uma angariação de fundos na internet. A opção tem gerado algumas opiniões controversas, mas tem merecido a atenção dos meios de comunicação norte-americanos.
“O meu interesse sempre foi o tipo de ciência que pode fazer com que vivamos mais. O episódio no Vietname foi como uma bomba filosófica na minha cabeça. Concluí que precisava de usar todas as minhas habilidades para contribuir com este movimento – um movimento para que não morramos”, esclareceu Istvan.
O candidato à Presidência dos EUA pretende incutir assuntos como a longevidade e o transhumanismo no dia-a-dia dos norte-americanos, e quer chamar à atenção para temas como a inteligência artificial.