"Erros humanos" no bombardeamento dos EUA a hospital
Uma combinação de erros "humanos e técnicos" provocou o bombardeamento norte-americano a um hospital dos Médicos Sem Fronteiras, em outubro, na cidade afegã de Kunduz, segundo uma investigação interna do Pentágono divulgada hoje.
© Reuters
Mundo Afeganistão
A informação é avançada pelo The New York Times, segundo o qual um alto funcionário do Pentágono, que falou sob a condição de anonimato, sustentou que o referido ataque, que fez 30 mortos, se ficou a dever a "uma combinação de fatores".
O hospital gerido pela organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) em Kunduz, foi bombardeado pelos Estados Unidos a 03 de outubro passado, tendo sido lançadas pelo menos três investigações separadas, da responsabilidade dos Estados Unidos, NATO e das autoridades afegãs.
As conclusões adiantadas pelo The New York Times constam de um relatório de 3.000 páginas elaborado pelo Pentágono e que vai ser divulgado hoje no Afeganistão.
Segundo as fontes militares consultadas pelo jornal, o helicóptero de combate das Forças Especiais dos Estados Unidos, que lideraram a operação, tinha a intenção de atingir instalações que os militares acreditavam serem um centro de operações para os talibãs em Kunduz.
A tripulação do aparelho não pôde localizar as referidas instalações através das coordenadas recebidas, tendo-se baseado, em vez disso, na descrição oferecida no terreno por tropas afegãs e por forças especiais dos Estados Unidos.
Com base nessa descrição, o helicóptero bombardeou por erro o hospital dos MSF.
Esse ataque aéreo ocorreu durante a contraofensiva das tropas afegãs para recuperar a cidade das mãos dos talibãs, cuja tomada figurou como a sua maior conquista militar desde o fim do regime, com a invasão dos Estados Unidos, em 2001.
O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, já apresentou desculpas aos MSF e admitiu que o ataque foi um erro.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com