Quase 170 anos depois, será perdoado por ajudar escravos a fugir
Samuel Burris era negro mas um cidadão livre na América do séc.XIX.
© Reuters
Mundo Samuel Burris
Um homem condenado em 1847, nos Estados Unidos, por ajudar escravos, poderá ter direito agora a um perdão oficial, quase 170 anos depois.
Em causa está a história de Samuel Burris, um negro que, ao contrário da maior parte dos negros da América de então, era um homem livre.
Samuel trabalhava como maquinista e em 1847 enquanto tentava ajudar um escravo a fugir. Foi preso e condenado à escravatura mas uma associação que se formou então comprou-o, concedendo-lhe novamente a liberdade.
Burris acabou por abandonar o estado de Delaware numa altura em que seria introduzida uma nova legislação que permitira que fosse castigado de tal maneira com chicotadas, que equivaleria a ser condenado à morte, escreve o The Guardian.
Fugiu e, quase 170 anos depois, irá agora receber um perdão por parte do governador Jack Markell, em nome do estado de Delaware, revelou a própria família, já informada da decisão.
Conta ainda o mesmo jornal britânico que os historiadores não têm ainda noção de quantos escravos Burris terá ajudado a fugir na sua época. O que é certo é que este homem continuou a ajudar escravos a fugir a uma vida agrilhoado, mesmo depois de já ter sido condenado e de correr risco de vida.
A escravatura só foi abolida por completo nos Estados Unidos em 1863, por ordem de Abraham Lincoln.
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