Numa carta aberta, os intelectuais turcos afirmam que a propaganda de Recep Tayyip Erdogan e do Governo Turco está "a provocar ódio", que os jornais e os jornalistas estão a ser atacados e que há violações dos Direitos Humanos no país.
"Nestas circunstâncias, como académicos, estamos extremamente preocupados que a sua visita possa ser vista como um apoio à campanha eleitoral dos políticos que violam os mais importantes valores da UE", salienta a carta aberta.
Os académicos alertam Merkel para o fato de Erdogan, primeiro-ministro desde 2002 até 2014, e apesar de ser ainda o homem forte do país, não estar a cumprir o princípio da neutralidade como chefe de Estado, a que obriga a Constituição turca.
Os intelectuais classificam de "estranho" que a visita de hoje se realize a duas semanas das eleições gerais marcadas para 01 de novembro.
Merkel reúne-se com Erdogan e o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, para negociar a ajuda financeira à Turquia por causa da entrada de refugiados sírios.