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EUA reduzem programa de treino de rebeldes sírios

O Departamento de Defesa norte-americano (Pentágono) disse hoje que vai interromper o programa de treino de novas unidades rebeldes sírias e concentrar esforços na formação e no fornecimento de armamento a líderes rebeldes já identificados no terreno.

EUA reduzem programa de treino de rebeldes sírios
Notícias ao Minuto

19:08 - 09/10/15 por Lusa

Mundo Pentágono

"O modelo anterior consistia no treino de unidades de infantaria. Agora vamos mudar para um modelo que irá produzir mais capacidades militares de combate", afirmou um alto responsável do Departamento de Defesa norte-americano.

O representante do Pentágono recusou-se a dizer quantos líderes rebeldes serão armados e treinados, mas referiu que este novo procedimento irá avançar "dentro de dias".

"Trata-se de reorientar o programa para melhorar a sua eficácia", indicou outro responsável norte-americano.

Em finais de setembro, o Pentágono indicou que os Estados Unidos tinham feito uma "pausa" neste programa, para realizar uma avaliação do processo.

Lançado no início do ano por Washington, o programa de formação e de equipamento do Pentágono, dotado com um orçamento de 500 milhões de dólares (439 milhões de euros), devia abranger, por ano, cerca de cinco mil rebeldes sírios moderados, que iriam combater na Síria o grupo extremista Estado Islâmico (EI).

Mas, os primeiros resultados não foram satisfatórios. Até agora, o programa só ajudou a formar dois grupos de 54 e 70 combatentes. Em julho, o primeiro grupo foi atacado pela Frente al-Nosra, o ramo sírio da Al-Qaida.

O Presidente norte-americano, Barack Obama, admitiu na semana passada as fragilidades do programa.

"Sou o primeiro a reconhecer que não funcionou como deveria", declarou então o chefe de Estado norte-americano.

Segundo um comunicado do porta-voz do Pentágono, Peter Cook, os Estados Unidos vão agora procurar "fornecer equipamentos e armas a líderes de grupos selecionados e às suas unidades, para que, a seu tempo, estes possam realizar ataques concertados no território sírio ainda controlado pelo grupo Estado Islâmico".

"Vamos acompanhar a progressão destes grupos e iremos fornecer-lhes um apoio aéreo durante o seu combate contra o grupo Estado Islâmico", indicou o porta-voz, concluindo que esta concentração de esforços irá permitir "consolidar os progressos já realizados contra o Estado Islâmico na Síria".

Hoje, em Londres, o secretário de Defesa norte-americano, Ashton Carter, já tinha avançado que Barack Obama tinha aprovado várias alterações no programa de formação e de equipamento dos rebeldes sírios moderados, que estava suspenso desde finais de setembro face aos fracos resultados.

"Consideramos diversas opções para o futuro", disse Ashton Carter, numa conferência de imprensa com o seu homólogo britânico, Michael Fallon.

Obama "irá falar em breve sobre as propostas por ele aprovadas", disse o chefe do Pentágono, que está a realizar esta semana um périplo por vários países europeus.

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