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"Não acredito que seja Rússia ou Ocidente a decidir destino da Síria"

A Liga Árabe afirmou hoje que as intervenções militares estrangeiras na Síria não irão ditar o fim do conflito civil sírio ou destruir as organizações terroristas que operam naquele território.

"Não acredito que seja Rússia ou Ocidente a decidir destino da Síria"
Notícias ao Minuto

14:04 - 08/10/15 por Lusa

Mundo Guerra

"Não acredito que a intervenção militar estrangeira na Síria, seja da Rússia ou do Ocidente, irá decidir o destino da guerra na Síria", respondeu o vice-secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Bin Heli, quando questionado pela comunicação social sobre a posição da organização pan-árabe sobre os ataques russos no território sírio.

Sem revelar a posição da organização sobre a ação de Moscovo, o representante acrescentou que as operações aéreas russas ou da coligação internacional, liderada pelos Estados Unidos, também não irão destruir as organizações terroristas presentes na Síria, incluindo o grupo extremista sunita Estado Islâmico (EI).

Segundo Ahmed Bin Heli, a resposta à guerra civil síria deve passar pela unificação dos esforços árabes, regionais e internacionais, de forma a promover o diálogo entre as fações envolvidas no conflito (governo de Damasco e oposição armada) e uma solução política para a crise, que já fez mais de 240 mil mortos desde março de 2011.

O vice-secretário-geral da Liga Árabe reforçou a necessidade de encontrar uma solução "para salvar o país do colapso, da divisão e do caos destrutivo".

Nesse sentido, Ahmed Bin Heli instou os países árabes "a reativar a mobilização diplomática e as fórmulas políticas que tenham em conta a atual situação, de forma a encontrar uma solução pacífica e acabar com o ambiente que favorece a presença de grupos terroristas na Síria e no Iraque".

O representante disse ainda que é expectável que o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al-Arabi, convoque em breve reuniões ao nível dos delegados permanentes para apresentar um relatório sobre os esforços diplomáticos da ONU em relação aos conflitos sírio, israelo-palestiniano, líbio e iemenita.

As declarações de Ahmed Bin Heli coincidem com o anúncio do chefe do Estado-Maior sírio, o general Ali Abdala Ayub, de que as forças armadas leais ao regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, tinham iniciado uma grande ofensiva "com o objetivo de eliminar as organizações terroristas e libertar as zonas e as populações que sofrem com o terrorismo".

No passado dia 30 de setembro, a Rússia iniciou os bombardeamentos contra as posições dos 'jihadistas' do EI no território sírio, mas várias vozes internacionais e da oposição síria têm denunciado que os ataques russos também têm visado alvos dos grupos armados que contestam o regime de Damasco.

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