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Passado de escravatura? "Sigam em frente", disse Cameron às Caraíbas

O primeiro-ministro britânico está de visita a antigas colónias britânicas.

Passado de escravatura? "Sigam em frente", disse Cameron às Caraíbas
Notícias ao Minuto

19:44 - 30/09/15 por Notícias Ao Minuto

Mundo Diplomacia

Durante séculos, o Reino Unido fez do comércio de escravos nas Caraíbas um dos seus mais lucrativos negócios. Boa parte da população negra nestes países é descendente de antigos escravos. E o tema acabou por ser assunto numa altura em que David Cameron está de visita ao país.

Conta a BBC que esta é a primeira visita em 14 anos de um primeiro-ministro britânico à Jamaica, país caribenho que no passado integrava a rota de escravos.

O passado de escravatura foi assunto que surgiu na conversa com Portia Simpson Miller, a homóloga jamaicana de David Cameron. Mas o primeiro-ministro britânico apelou ao país que “siga em frente” em relação a este “doloroso legado”. O objetivo da visita, argumentou Cameron, serve para “reforçar” os laços entre países, tendo em vista o futuro, e não para revisitar o passado.

À porta do parlamento jamaicano, houve inclusive uma pequena manifestação a pedir compensações pelo passado. Mas apesar de designar a escravatura como “aberrante”, Cameron pôs de parte esta possibilidade.

Ao invés, o Reino Unido irá investir cerca de 33 milhões de euros numa nova prisão jamaicana, além de um investimento superior a 400 milhões de euros em infraestruturas nas Caraíbas.

A BBC recorda que o mercado de escravos foi particularmente prolífico para o Reino Unido entre o século XVI e XVIII. Durante cerca de 200 anos, de acordo com registos de navios, cerca de 12,5 milhões de negros terão sido levados de África para as Caraíbas e para a América, para trabalhar, muitas vezes em condições brutais, em plantações.

Em 1833, depois de em 1807 a escravatura ter sido proibida, o Reino Unido terá indemnizado cerca de 46 mil proprietários de escravos em valores astronómicos – equivalentes a cerca de 23 mil milhões de euros em valores atuais – como compensações pela “perda de propriedade humana”, segundo dados compilados pela University College London.

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