"Morrer com cancro é a melhor morte", afirma médico conceituado
Richard Smith foi editor do British Medical Journal.
© DR
Mundo Richard Smith
“Quanto mais rápido melhor, mas a maior parte das vezes prefiro uma morte lenta, expectável e que me permita revisitar o meu passado”, pode ler-se numa publicação escrita por Richard Smith no seu próprio blogue.
O médico, antigo editor do British Medical Journal, afirma que a morte provocada por cancro é “a melhor morte” e não poupa nas palavras: “devemos deixar de desperdiçar milhões na procura da sua cura”.
Na ótica do conceituado médico, que cita filmes surrealistas escritos por Luis Buñuel para sustentar as suas ideias, lembrando que uma morte súbita, preferida pela maioria das pessoas, pode ser “o caminho mais fácil para nós” mas também “mais difícil para aqueles que nos rodeiam”.
Smith defende, por isso, que a morte lenta é um escape que nos permite “dizer adeus, refletir sobre a vida, deixar mensagens, talvez visitar sítios especiais uma última vez, ouvir as nossas músicas favoritas, ler os poemas que adoramos e preparar, de acordo com aquilo em que acreditamos, o nosso encontro com o criador ou aproveitar a vida eterna”.
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