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É negra e foi internada porque polícia não acreditou que tivesse um BMW

Aconteceu em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América.

É negra e foi internada porque polícia não acreditou que tivesse um BMW
Notícias ao Minuto

19:10 - 13/09/15 por Notícias Ao Minuto

Mundo Estados Unidos

Kamilah Brock garante que a polícia de Nova Iorque a enviou para um hospital psiquiátrico por não acreditar que ela fosse bancária e proprietária de um carro da marca BMW. E mais. A mulher disse às autoridades que o presidente Barack Obama a seguia no Twitter, mas os polícias também não acreditaram.

Assim, a mulher de 32 anos esteve internada durante oito dias, durante os quais lhe foram administrados poderosos medicamentos para a deixarem num estado de apatia.

A vítima contou a sua história na última quinta-feira numa entrevista ao PIX11. “Foi um pesadelo”, disse.

Tudo aconteceu a 12 de setembro do ano passado. Kamilah estava parada num semáforo com a música alta e a dançar, esvoaçando as mãos ao ritmo da música. Um agente da polícia parou ao seu lado e perguntou-lhe porque não tinha as mãos no volante.

“Eu disse que estava a dançar porque estava parada no semáforo”, contou a mulher, acrescentando que o polícia lhe pediu para sair da viatura.

Kamilah foi então levada para a esquadra, tendo sido libertada algumas horas depois sem qualquer acusação. Os polícias disseram-lhe para voltar no dia seguinte para que pudesse levar o carro, um BMW 325Ci.

“Quando me disseram para voltar no dia seguinte eu senti que a partir do momento em que disse que era a proprietária do BMW fui vista como uma mentirosa”, referiu.

No dia seguinte Kamilah voltou à esquadra e disseram-lhe que tinham de a algemar para a levar até à sua viatura, mas entretanto apareceu uma ambulância.

“Vão levar-me ao meu carro numa ambulância? Numa ambulância?”, questionou naquele momento.

A mulher foi mesmo transportada pela ambulância, mas não até ao seu carro. Kamilah foi levada para o Harlem Hospital onde, de acordo o seu advogado, foram-lhe injetados poderosos sedativos, tendo sido ainda obrigada a tomar várias doses de lítio.

De acordo com os relatórios médicos a que o advogado teve acesso, os clínicos tentaram, por três vezes, que Kamilah negasse ser proprietária do BMW, bancária e que tivesse Barack Obama como seu seguidor no Twitter.

Ao fim de oito dias, a mulher foi então libertada e com uma conta de 11,4 mil euros (13 mil dólares).

Kamilah está agora a processar as autoridades que a internaram sem qualquer motivo, até porque não existe historial de doenças mentais na sua família.

“Se ela fosse branca, isto não teria acontecido”, garantiu o advogado ao Huffington Post.

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