Hungria insiste em controlo da fronteira e rejeita quotas obrigatórias
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, insistiu hoje na defesa da fronteira para controlar a imigração e rejeitar o sistema de quotas obrigatórias para acolher os refugiados, como defendem países como Alemanha, França e Áustria.
© Reuters
Mundo Refugiados
"As fronteiras europeias não só devem ser defendidas pela Hungria, como por todos, e a imigração tem de ser controlada", afirmou Orbán na emissora pública M1, citado pela agência EFE.
Na sexta-feira, numa entrevista à rádio estatal Kossuth, o primeiro-ministro conservador chegou a defender que a onda de imigrantes e refugiados ameaça a existência da Europa.
"Se deixarmos entrar todos, isso significaria o fim da Europa. De repente, poderíamos perceber que somos uma minoria dentro do nosso próprio território", declarou.
A Hungria tem liderado as vozes dos que rejeitam a proposta da Comissão Europeia de quotas obrigatórias para distribuir os refugiados entre os países membros da União Europeia (UE).
"Que sentido tem estarmos a discutir a distribuição de 150.000 pessoas se chegam milhões?", questiona o governante.
As 28 nações da UE estão bastante divididas sobre o que fazer em relação aos fluxos de migrantes, a maior parte pessoas que abandonaram os seus países para fugir aos conflitos que grassam no Médio Oriente e Norte de África.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) comprometeram-se hoje a reforçar a cooperação para responder à crise dos refugiados, num acordo que inclui a proteção dos direitos humanos e o aumento do apoio financeiro a países africanos.
"Acabou o jogo de passar a culpa para os outros. Agora é hora de tomar medidas", disse hoje a chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, no final de dois dias de reuniões informais dos ministros do Negócios Estrangeiros, que teve como tema exclusivo a questão das migrações e a situação dos refugiados.
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