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Crianças afogadas fugiam do ISIS. Pedido de asilo foi recusado

Os corpos de duas crianças apareceram numa praia turca, na manhã de quarta-feira. As imagens chocaram o mundo, mas são apenas espelho de uma realidade vivida por milhares de refugiados.

Crianças afogadas fugiam do ISIS. Pedido de asilo foi recusado
Notícias ao Minuto

12:30 - 03/09/15 por Notícias Ao Minuto

Mundo Refugiados

Aylan Kurdi, de três anos de idade, e o seu irmão Galip, de cinco, morreram afogados depois da frágil embarcação em que viajavam da Turquia para a Grécia ter naufragado.

A família destas crianças tentou chegar à Grécia de barco depois de o seu pedido de asilo ter sido rejeitado no Canadá, país onde tinham família comprometida a apoia-los.

Estes pedidos, decorrentes de um processo designado G5, são geralmente bem-sucedidos, escreve o The Guardian.

Para a etnia curda, contudo, obter vistos de saída é mais complicado. Apenas os refugidos com estatuto oficial concedido pelo país ou pela ONU podem concorrer.

Uma tia, Teema Kurdi, cabeleireira em Vancouver, onde vive há mais de 20 anos, contou à imprensa canadiana que costumava pagar a renda da família na Síria, e que, com ajuda de família e amigos, tentou financiar a viagem dos quatro para a América do Norte. Não conseguiram o visto, mas o conflito motivou a urgência da saída.

A família dos dois meninos era curda e vivia em Kobane, na Síria, atualmente controlada pelos jihadistas do autodenominado Estado Islâmico.

A mãe, Rehan, também perdeu a vida no naufrágio do barco de borracha que levava 17 refugiados a bordo. O pai, Abdullah, sobreviveu.

Segundo Teema, Abdullah ligou a um irmão para dizer que a sua mulher e filhos tinham morrido. Disse ainda que agora só quer regressar a casa e enterrar a família no seu país natal.

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