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Partido Radical abandona coligação no Governo

O Partido Radical, de Oleg Liashko, abandonou hoje a coligação que governa a Ucrânia desde finais do ano passado, em protesto pela revisão constitucional sobre a descentralização do país, aprovada na segunda-feira na generalidade no parlamento.

Partido Radical abandona coligação no Governo
Notícias ao Minuto

16:09 - 01/09/15 por Lusa

Mundo Ucrânia

"Em nome do grupo parlamentar do Partido Radical, anuncio a nossa decisão de abandonar a coligação", disse Liashko à imprensa.

O polémico político nacionalista, cujo partido tem o seu nome, declarou que a sua formação fará, a partir de agora, oposição ao Governo, já que entende que as demais forças que integram a coligação se aliaram ao Bloco Opositor (herdeiro do Partido Regional do ex-presidente deposto Viktor Yanukovich) para reformar a Constituição.

A coligação governamental, formada por outros quatro partidos (Bloco Petro Poroshenko, Batkivshina, Autoajuda e Frente Popular) e vários deputados independentes, já não tem a maioria constitucional (300 votos), mas mantém uma folgada maioria absoluta apesar da perda dos 22 deputados do Partido Radical.

Tal como os ultranacionalistas dos partidos Svoboda e Setor de Direita, que organizaram na segunda-feira violentos protestos em frente à Rada Suprema da Ucrânia (parlamento), a formação de Liashko considera que a descentralização do país é uma concessão inaceitável aos separatistas pró-russos do leste da Ucrânia.

A reforma descentralizadora, contemplada nos acordos de Minsk para solucionar o conflito em Donetsk e Lugansk, abre a porta ao autogoverno nessas regiões orientais ucranianas sublevadas contra Kiev.

Pouco depois de a Rada ter aprovado as alterações à Constituição, manifestantes radicais desencadearam uma onda de violência junto à sede do parlamento e confrontaram-se com o cordão policial que protegia o edifício.

Três soldados da Guarda Nacional da Ucrânia, corpo de segurança militarizado do Ministério do Interior, morreram em consequência dos ferimentos causados pelo lançamento de uma granada e de vários outros artefactos explosivos, segundo os mais recentes dados hoje divulgados pelas autoridades.

Mais de 141 feridos nos confrontos, entre os quais 131 membros das forças de segurança, continuam internados em diversos hospitais de Kiev, dez deles em estado grave.

A polícia deteve 28 manifestantes, incluindo o homem que presumivelmente atirou a granada, membro do batalhão especial ucraniano "Sich".

Após libertar dez pessoas, a polícia mantém detidas outras 18, suspeitas de participar nos violentos distúrbios.

O Presidente ucraniano, Petro Poroshenko, responsabilizou as formações nacionalistas pelos confrontos e garantiu que tanto os participantes como os organizadores serão fortemente punidos pela lei.

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