Ações contra a imprensa na Turquia preocupam Bruxelas
A União Europeia (UE) manifestou hoje preocupação pela detenção na Turquia de dois jornalistas britânicos e por mais uma operação policial contra as instalações em Ancara de um grupo de 'media' crítico do Presidente, Recep Tayyip Erdogan.
© Reuters
Mundo Jornalismo
"Estamos preocupados, não apenas com a operação desta manhã contra empresas ligadas ao grupo Koza Ipek por suspeitas de financiar o terrorismo, como também com as recentes detenções de jornalistas da Vice News por acusações ligadas ao terrorismo", afirmou uma porta-voz da UE, Maja Kocijancic, em conferência de imprensa em Bruxelas.
Jake Hanrahan e Philip Pendlebury foram detidos na quinta-feira na província de Diyarbakir, (sudeste), a cobrir o conflito curdo para o 'site' de notícias norte-americano Vice News.
A justiça turca acusou-os de "trabalhar a favor da organização terrorista Estado Islâmico" e, na segunda-feira, um tribunal daquela província decretou prisão preventiva aos dois jornalistas e ao seu tradutor iraquiano.
"A UE recorda acima de tudo a importância da presunção de inocência e o direito a uma investigação independente e transparente (...) que respeite plenamente o direito à defesa", afirmou a porta-voz.
Por outro lado, hoje, a polícia realizou buscas nas instalações de Ancara do grupo Koza-Ipek Media, dono de duas televisões e vários jornais e que tem fortes ligações a um dos principais rivais de Erdogan, o clérigo Fethullah Gulen, exilado nos Estados Unidos.
A porta-voz aludiu ainda ao estatuto da Turquia de candidata à adesão à UE para frisar que "todos os países que negoceiam uma adesão à UE devem garantir o respeito pelos direitos humanos, incluindo a liberdade de expressão".
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