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Autoridades do Sudão do Sul denunciam violação do cessar-fogo

As autoridades sul-sudanesas denunciaram hoje uma ofensiva das tropas rebeldes em Malakal, capital do estado petrolífero de Alto Nilo, em "violação do cessar-fogo" previsto no acordo de paz assinado recentemente para acabar com 20 meses de guerra civil.

Autoridades do Sudão do Sul denunciam violação do cessar-fogo
Notícias ao Minuto

13:17 - 29/08/15 por Lusa

Mundo Rebeldes

"Os rebeldes atacaram ontem [sexta-feira] a nossa posição em Malakal, mas foram expulsos. Hoje de manhã, eles voltaram a atacar Malakal", disse, em declarações à agência francesa AFP, o porta-voz do governo sul-sudanês, Michael Makuei.

"É uma violação do cessar-fogo previsto no acordo [de paz] e deve ser documentado", reforçou o representante.

Até ao momento, segundo a AFP, não foi possível verificar estas informações através de uma fonte independente.

Segundo a Organização Intergovernamental Leste-Africana (IGAD), responsável desde janeiro de 2014 pela mediação do conflito civil do Sudão do Sul, nenhum combate tinha sido registado até ao momento.

Na sexta-feira, o presidente sul-sudanês, Salva Kiir, decretou que o exército cessasse os combates contra os rebeldes.

Segundo explicou então um porta-voz do presidente sul-sudanês, a ordem foi dada no quadro da aplicação do acordo de paz, assinado na quarta-feira em Juba por Salva Kiir, nove dias depois de ter sido assinado em Addis Abeba (Etiópia) pelo chefe dos rebeldes e antigo vice-presidente Riek Machar.

O acordo previa um "cessar-fogo permanente" nas 72 horas após a sua assinatura.

O atual conflito no Sudão do Sul eclodiu em dezembro de 2013, com combates no seio do exército sul-sudanês, fraturado pela rivalidade política e étnica entre o presidente Salva Kiir e o antigo vice-presidente Riek Machar.

Diversas milícias tribais uniram forças às duas fações e os combates foram acompanhados por massacres étnicos e abusos, atos que são atribuídos aos dois lados do conflito civil.

O conflito fez dezenas de milhares de mortos e cerca de 2,2 milhões de sul-sudaneses foram obrigados a sair das suas casas.

Em junho passado, o coordenador humanitário da ONU no Sudão do Sul, Toby Lanzer, alertou que cerca de 250 mil crianças estão em risco de morrer de fome naquele país.

Toby Lanzer foi expulso do território no início de junho por ter, segundo as autoridades locais, prognosticado o "colapso" do Sudão do Sul, o país mais novo do mundo, que declarou independência a 09 de julho de 2011, na sequência de um acordo de paz assinado em 2005 com o Sudão.

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