Ban Ki-Moon diz-se "horrorizado" com crise migratória na Europa
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, afirmou hoje, em comunicado, estar horrorizado com as mortes de migrantes e refugiados na Europa e no Mediterrâneo.
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Mundo ONU
"Estou horrorizado e com o coração partido", afirma, em comunicado, o secretário-geral da ONU, sublinhando que viu a "sinistra descoberta" dos corpos de mais de 70 pessoas na fronteira da Áustria com a Hungria e que mais pessoas continuam a morrer no mar.
"Estas tragédias, repetidas, fazem sobressair a crueldade dos traficantes de pessoas cujas atividades criminosas se estendem desde o mar de Andaman ao Mediterrâneo e pelas estradas da Europa", afirmou, destacando o "desespero" das pessoas que procuram proteção e uma nova vida.
No comunicado, Ban Ki-Moon salienta que a grande maioria daquelas pessoas são "refugiados que fogem de lugares como a Síria, Iraque e o Afeganistão".
"O direito internacional estipulou -- e os estados reconheceram há muito tempo -- o direito dos refugiados à proteção e asilo", refere.
Ban Ki-Moon salienta que os países não podem fazer distinções baseadas na religião ou outra identidade, nem obrigar as pessoas a "voltar a lugares de onde fugiram, se há um receio fundado de perseguição ou ataque".
"Este não é apenas uma questão de direito internacional, é também o nosso dever como seres humanos", afirma.
No comunicado, o secretário-geral da ONU apelas a todos os governos envolvidos para darem "respostas abrangentes, aumentar os canais seguros e legais de migração e a agir com humanidade e compaixão e de acordo com as suas obrigações internacionais".
"Esta é uma tragédia humana que requer uma resposta política coletiva determinada. É uma crise de solidariedade, não uma crise de números", sublinha Ban Ki-Moon, esperando que o assunto seja uma prioridade a ser debatida pelos líderes mundiais na próxima Assembleia-geral da ONU.
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