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Vaticano diz que Rússia pode ajudar a estabilizar crise do Mediterrâneo

O secretário para as Relações com os Estados do Vaticano considerou hoje que a Rússia pode ajudar a estabilizar o Mediterrâneo, tal como ajudou a conseguir o acordo sobre o programa nuclear iraniano.

Vaticano diz que Rússia pode ajudar a estabilizar crise do Mediterrâneo
Notícias ao Minuto

10:35 - 04/08/15 por Lusa

Mundo Migrações

"A Rússia é um ator internacional de grande importância e penso que todos precisamos de caminhar em conjunto, não em separado e ainda menos uns contra os outros. A Federação Russa pode desempenhar um papel na estabilização do Mediterrâneo, tal como o fez na obtenção de um acordo sobre o programa nuclear do Irão", afirmou o arcebispo Richard Gallagher, em entrevista ao diário La Stampa.

Este acordo é um exemplo a seguir, de acordo com a diplomacia vaticana.

"A Santa Sé vê de forma positiva este acordo por considerar que o melhor meio para resolver os conflitos e as dificuldades é o diálogo e a negociação", sublinhou.

"É verdadeiramente positivo ter chegado a uma solução satisfatória para todas as partes. O acordo exige a continuação dos esforços e o empenho de todas as partes para que possa dar todos os frutos", disse.

Gallagher sublinhou ainda que "a crise grega deixou claras algumas dificuldades e limites da União Europeia".

"A Europa, tal como foi pensada no fim da Segunda Guerra Mundial, não pode ser reduzida a uma instituição unicamente económica-financeira ou na qual este aspeto é dominante", declarou.

"A economia, mesmo que seja importante, deve coabitar com outros valores culturais, políticos e éticos, igualmente fundamentais para o crescimento da sociedade europeia", considerou.

Numa avaliação dos principais focos de crises, Gallagher insistiu "na paciente perseverança na escolha do diálogo e da reconciliação" para resolver os problemas na Síria ou no Médio Oriente, ou na necessidade de recusar qualquer tipo de reconhecimento ao grupo terrorista "Estado Islâmico" (EI).

Todos devem ser "artesãos da paz", concluiu o arcebispo, que foi nomeado para o atual cargo em novembro passado pelo papa Francisco.

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