Ucrânia: Antigo primeiro-ministro cria comissão para salvar país
O antigo primeiro-ministro ucraniano Mykola Azarov anunciou hoje, em Moscovo, a criação de uma "comissão para salvar a Ucrânia" e derrubar as autoridades pró-ocidentais de Kiev.
© Reuters
Mundo Mykola Azarov
Chefe do governo sob a presidência de Viktor Ianukovitch, afastado do poder em fevereiro do ano passado após vários meses de protestos e confrontos na praça Maidan em Kiev, Mykola Azarov apresentou aos jornalistas os projetos da comissão a que preside, na presença dos antigos deputados ucranianos Volodymyr Oliinyk e Igor Markov.
"Perto de 80% dos ucranianos não confiam nas atuais autoridades. O que propomos é uma alternativa", garantiu Azarov, que afirmou ter o apoio de "responsáveis políticos de diferentes regiões da Ucrânia", recusando citar nomes.
O antigo primeiro-ministro, exilado na Rússia, pediu aos concidadãos que se manifestassem pacificamente para exigir a saída das autoridades ucranianas no poder e a realização de eleições presidenciais, legislativas e locais antecipadas.
"Infelizmente, a comissão foi criada no exterior da Ucrânia, mas tenho a certeza que regressaremos. Estamos prontos a assumir a responsabilidade da recuperação e desenvolvimento do país", acrescentou.
A comissão apresentou o antigo deputado Volodymyr Oliinyk como candidato à presidência, caso se realizem eleições, apelando para a renovação dos laços de amizade entre Kiev e Moscovo.
"Há um ano, a Ucrânia cometeu um erro. Devemos corrigi-lo e para isso, a Ucrânia precisa de paz", declarou Oliinyk, prometendo "pôr fim ao caos na Ucrânia num ano", através de negociações de paz diretas com os separatistas pró-russos de leste e da realização de um referendo sobre a transformação do país numa federação.
Azarov é alvo de um mandado de detenção na Ucrânia e é acusado, com o ex-presidente Viktor Ianukovitch, de ter desviado mais de 7,6 milhões de euros. Azarov está também na lista de pessoas sancionadas pela União Europeia.
A comissão garantiu que não colabora com Ianukovitch e pediu que este seja julgado pelas suas ações, ao lado do atual chefe de Estado ucraniano, Petro Poroshenko.
O Kremlin desmentiu estar implicado, de qualquer forma, na criação desta comissão.
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