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Família do 'mullah' Omar recusa apoiar novo líder talibã

A família do desaparecido 'mullah' Omar recusa jurar lealdade ao novo líder talibã e pede aos chefes religiosos para mediarem as disputas pelo controlo do poder no seio dos rebeldes islamitas afegãos, segundo uma mensagem áudio hoje divulgada.

Família do 'mullah' Omar recusa apoiar novo líder talibã
Notícias ao Minuto

14:23 - 03/08/15 por Lusa

Mundo Processos

Os insurgentes anunciaram na sexta-feira a nomeação do 'mullah' Akhtar Mansur, antigo "braço direito" do 'mullah' Omar, cuja morte foi anunciada oficialmente na quarta-feira, para a liderança do movimento.

Mas a designação não tem reunido consenso, com várias vozes a criticarem a nomeação e a questionarem a legitimidade de Akhtar Mansur para assumir o cargo de "comandante dos fiéis".

Numa mensagem áudio, hoje citada pela agência francesa AFP, o 'mullah' Abdul Manan, irmão do 'mullah' Omar, declarou que a família do antigo líder não vai prestar lealdade ao novo chefe talibã.

"Na tormenta, a nossa família (...) não prometeu lealdade a ninguém", afirmou Abdul Manan, cujo sobrinho (filho do 'mullah' Omar) Yacoub, de 26 anos, constava entre os possíveis candidatos à liderança dos insurgentes.

"Esperamos que os chefes religiosos resolvam estes diferendos, em vez de invocar fidelidade a um clã", acrescentou a mesma mensagem, cuja autenticidade foi confirmada por fontes talibãs.

Os serviços de informação afegãos anunciaram na quarta-feira que o líder talibã 'mullah' Omar estava morto desde de abril de 2013.

"O 'mullah' Omar está morto. Morreu num hospital de Karachi [sul do Paquistão] em abril de 2013 (...) em circunstâncias misteriosas", disse, na quarta-feira, à agência AFP Haseeb Sedigi, porta-voz dos serviços secretos afegãos, e na sequência dos persistentes rumores sobre a morte do chefe supremo dos talibãs.

A morte de Omar representa um revés significativo para o movimento rebelde talibã, que luta contra Cabul há quase 14 anos, a braços com divisões internas e ameaçado pela crescente presença do grupo autoproclamado Estado Islâmico (EI) na Ásia do sul.

Um dia depois da sua nomeação, e em resposta às várias vozes discordantes, o novo líder dos talibãs afegãos apelou "à unidade" do movimento islamita.

Nesta primeira mensagem áudio, o 'mullah' Akhtar Mansur falou sobre as negociações de paz, que começaram no início de julho com o Governo afegão, mas sem especificar as suas intenções em relação a este processo.

"O inimigo diz que existe um processo de paz. Mas como vocês sabem, os nossos inimigos divulgam muita propaganda", disse, na mensagem de 30 minutos.

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