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Polícia deteve 14 estrangeiros numa mina ilegal de turmalina

A polícia moçambicana interveio hoje numa mina em Báruè, centro de Moçambique, em que se verifica uma exploração desenfreada de turmalinas, e deteve 14 estrangeiros de várias nacionalidades indiciados de contrabado do minério, disse hoje à Lusa fonte policial.

Polícia deteve 14 estrangeiros numa mina ilegal de turmalina
Notícias ao Minuto

20:30 - 14/07/15 por Lusa

Mundo Moçambique

Belmiro Mutadiua, porta-voz da polícia na província de Manica, disse que uma ação conjunta da polícia de proteção e ambiental contra estrangeiros ilegais envolvidos na compra e contrabando permitiu apreender quatro quilos de turmalina de primeira qualidade e 60 mil meticais (1.276 euros)

"A polícia teve que intervir na semana passada depois de notar a proliferação de estrangeiros, a maioria ilegais. Foram detidos numa mina em Nhampassa, envolvidos na compra de turmalina em Báruè", precisou Belmiro Mutadiua, insistindo que a operação incidiu contra estrangeiros em situação ilegal.

A maioria dos detidos são da região dos Grandes Lagos, mas inclui também zimbabueanos e malauianos, que se faziam transportar em potentes viaturas com matrículas estrangeiras, e que se tinham instalado na vila de Catandica, a sede de Báruè, para viabilizar o comércio das pedras preciosas.

"Não somos contra a presença de estrangeiros na nossa província, mas contra a ilegalidade de estrangeiros e a delapidação dos recursos minerais e faunísticos", disse Belmiro Mutadiua.

Há um mês foram descobertos novos jazigos de turmalinas, com uma exploração desenfreada, numa área mineira concessionada ao líder da Renamo, (Resistência Nacional Moçambicana, maior partido da oposição) Afonso Dhlakama, na zona de Nhampassa (Báruè), o que tem estado a atrair vários estrangeiros para a região.

As autoridades policiais e de migração estão a trabalhar no processo de repatriamento dos estrangeiros ora detidos.

Em 2007, já houve uma grande afluência de estrangeiros a Catandica após a descoberta de jazigos de turmalinas na mesma região, tendo uma ação da Polícia travado a exploração ilegal e o contrabando do minério.

O Governo de Báruè já havia manifestado preocupação com o grande número de estrangeiros naquela pequena vila a norte de Chimoio, a capital de Manica, onde antes foram repatriados centenas de estrangeiros, também da região dos Grandes Lagos.

Joaquim Zefanias, administrador de Báruè, já havia classificado a presença de estrangeiros como "caótica", estimando que 4.000 garimpeiros e vendedores do minério estejam envolvidos no negócio de turmalinas.

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