Governo quer deter jornalistas que contrariem informações oficiais
Em causa está o número de mortes reportadas pelo jornal The Telegraph após um ataque terrorista.
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Mundo Egito
O jornal britânico The Telegraph diz que o governo egípcio quer tomar uma ação legal contra os jornalistas que publiquem informações que contrariem aquelas que são divulgadas pelas fontes oficiais, caso a lei seja aprovada.
A intenção surge após a série de ataques terroristas que atingiu o país e que ditou a morte do procurador-geral egípcio. Neste sentido, o presidente Abdel Fattah al-Sisi quer implementar novas leis de combate a estas práticas extremistas, nas quais está prevista uma pena mínima de dois anos "a quem relatar informações falsas sobre ataques terroristas que contradigam informações divulgadas pelo governo".
Neste país, a liberdade mediática já ficou fortemente condicionada após o golpe militar que derrubou o primeiro presidente eleito pelo povo, em 2013. O projeto de lei então aprovado ditava que o mediatismo devia caminhar em sintonia com o governo, dando cobertura favorável a aspetos de repressão social, mesmo que sejam notícias que dêem conta da detenção de cidadãos por agirem contra a palavra do executivo.
Caso a lei seja aprovada, até a imprensa internacional ficará comprometida. O sindicato dos jornalistas egípcios já descreveu a medida como "perigosa".
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