Conselho de Direitos Humanos da ONU aprova missão ao Sudão do Sul
O Conselho dos Direitos Humanos da ONU aprovou hoje o envio de uma missão de avaliação ao Sudão do Sul, onde as partes em conflito são suspeitas de cometer os crimes mais graves com total impunidade.
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Mundo Avaliação
Uma resolução nesse sentido, proposta pelos Estados Unidos e numerosos países europeus, foi aprovada por unanimidade pelos 47 Estados membros do conselho. O representante do Sudão do Sul não estava presente na sala.
O representante norte-americano junto do conselho, Keith Harper, afirmou tratar-se de "uma das situações mais graves no mundo", razão pela qual "o conselho não pode ficar em silêncio".
O conselho pede assim ao Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos que empreenda "com urgência uma missão (...) para verificar a situação dos direitos humanos e fazer uma avaliação completa dos presumíveis abusos e violações dos direitos humanos" para evitar a impunidade.
A resolução pede ao Sudão do Sul para cooperar e apela a todas as partes em conflito para acabarem com as atrocidades, em particular contra as crianças, bem como para deixarem de recrutar crianças à força.
Em meados de junho, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) acusou as forças armadas que se combatem no Sudão do Sul, independente há quatro anos, de cometerem crimes horríveis contra crianças, como castrações e violações.
O atual conflito no Sudão do Sul iniciou-se em dezembro de 2013 com combates no seio das forças armadas, divididas política e etnicamente devido à rivalidade entre o presidente Salva Kiir e o seu antigo vice-presidente Riek Machar.
Diversas milícias tribais juntaram-se de um lado e do outro aos combates, que têm sido acompanhados de massacres étnicos, sendo atribuídos abusos aos dois campos e prováveis crimes contra a humanidade, segundo a Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul.
Segundo observadores, o conflito já causou pelo menos dezenas de milhares de vítimas, embora não exista um balanço oficial.
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