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Grécia: Juncker sem comentários a nova proposta de Tsipras
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, escusou-se hoje, em Bruxelas, a fazer qualquer comentário à nova proposta apresentada às instituições pelo primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, relativamente à assistência financeira à Grécia.
© Reuters
Mundo Comissões
"Se tivesse a intenção de dar uma conferência de imprensa sobre a Grécia, teria convocado uma conferência de imprensa sobre a Grécia", limitou-se a dizer, quando questionado, durante uma conferência de imprensa conjunta com o antigo primeiro-ministro italiano e antigo comissário Mario Monti, sobre a mais recente iniciativa do governo grego, que se manifestou disposto a aceitar a proposta das instituições se forem introduzidas alterações.
Perante a insistência dos jornalistas, que perguntaram ao presidente do executivo comunitário se os esforços de Tsipras nas últimas horas podem ser suficientes para alcançar um acordo e começar a negociar um terceiro programa de ajuda antes do referendo de domingo próximo na Grécia, Juncker manteve-se cáustico.
"Estou em contacto permanente com as autoridades gregas e outras", declarou simplesmente.
Questionado sobre o mesmo assunto, também Monti, que se reuniu com Juncker na qualidade de presidente do "grupo de alto nível sobre recursos próprios" (criado para estudar o futuro do financiamento da União Europeia), foi parco em palavras, respondendo, com ironia, que o presidente da Comissão Europeia já tinha respondido "de forma substantiva" à pergunta sobre a viabilidade da nova proposta de Tsipras.
Numa carta enviada à Comissão Europeia (CE), Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Central Europeu (BCE) na terça-feira à noite, e divulgada pela agência Bloomberg, Tsipras afirma-se preparado para aceitar as condições dos credores tornadas públicas durante o último fim-de-semana, mas com algumas alterações e "clarificações".
Segundo Alexis Tsipras, o governo grego aceitará a proposta em troca de uma extensão do programa de resgate que expirou na terça-feira e de um novo empréstimo que foi solicitado também na terça-feira à noite.
A carta refere explicitamente que o governo está preparado para aceitar a proposta divulgada pela Comissão Europeia no dia 28 de junho, sujeita a algumas condições e melhoramentos que "respeitam integralmente a robustez e credibilidade do programa global".
Em troca, Tsipras pede uma extensão do resgate do Fundo Europeu de Estabilização Financeira, que terminou na terça-feira, e um novo empréstimo do Mecanismo Europeu de Estabilidade, que foi pedido no mesmo dia.
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