Ativistas homossexuais detidos pela polícia em Moscovo
Vários ativistas homossexuais russos foram detidos hoje em Moscovo por tentarem organizar uma marcha de "orgulho gay" na capital da Rússia sem autorização.
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Mundo Rússia
Segundo referem repórteres da France Press, presentes no local, a polícia cercou os ativistas, um dos quais tentou içar uma bandeira com as cores do arco-íris (símbolo do "orgulho gay") tendo imediatamente sido fechados em carrinhas celulares.
Na mesma altura, encontravam-se no local cerca de 30 nacionalistas que vestiam uniformes militares e que organizavam um protesto contra os homossexuais.
"Estamos a ser presos e espancados. A mim partiram-me um dedo da mão esquerda" difundiu através da rede social Twitter, o ativista homossexual Nikolai Alexeyev logo após ter sido detido.
Os ativistas homossexuais tentaram realizar a marcha de "orgulho gay" mesmo depois de um tribunal de Moscovo ter proibido a realização da manifestação que estava marcada para hoje, no centro da capital russa.
Os homossexuais russos são frequentemente alvo de perseguição por parte das autoridades e as marchas e manifestações organizadas pelos ativistas são constantemente rejeitadas.
Em 2013, o presidente Vladimir Putin aprovou legislação contra a "disseminação de propaganda gay", uma medida condenada pelo Ocidente que a considera "intolerante".
A organização Human Rights Watch alertou no final do ano passado sobre o aumento do número de ataques homofóbicos na Rússia sublinhando que a legislação contra "propaganda gay" promove a discriminação.
A Rússia só em 1993 deixou de considerar a homossexualidade como crime e em 1999 deixou de classificar os homossexuais como doentes mentais.
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