"Na Venezuela não haverá uma 'dolarização'"
O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou hoje que a Venezuela irá manter o bolívar como a sua moeda nacional, recusando a aplicação generalizada do dólar nas trocas comerciais locais.
© Lusa
Mundo Nicolás Maduro
"Na Venezuela não tem havido, nem haverá, uma 'dolarização'", disse.
Nicolás Maduro falava durante um contato telefónico com o canal estatal Venezuelana de Televisão, durante o qual sublinhou que a moeda do país " é e será sempre o bolívar".
"Os recursos que entrem em divisas serão investidos (...) em habitações sociais, educação, saúde, alimentos", frisou, ao mesmo tempo que acusou os opositores do seu Governo de estar a "fazer uma guerra económica".
Nos últimos dias, alguns analistas e economistas disseram que o Governo venezuelano estaria a ponderar a utilização do dólar na economia como uma medida para combater alguns desajustes económicos, a alta inflação e a desvalorização da moeda.
Para os analistas, a recente decisão do Governo venezuelano de permitir a importação e comercialização local de carros em moeda estrangeira seria um dos passos para esse fim na economia venezuelana.
Na Venezuela vigora, desde 2003, um sistema de controlo cambial que impede a circulação livre local de moeda estrangeira.
Este sistema contempla três taxas de câmbio oficiais: 6,30 bolívares por cada dólar, destinado a importações (estatais) de bens essenciais, de 12 bolívares, aplicada ao turismo e 199 bolívares para outras importações.
Além disso existe um mercado paralelo onde a cotação do dólar contra o bolívar duplicou o valor oficial, chegando a cotar-se, na última sexta-feira, em 420 bolívares por cada dólar, a que recorrem muitos empresários e cidadãos devido às dificuldades para aceder ao mercado oficial.
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