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Como um coma a ajudou a ser mais feliz

Um problema de saúde provocado pelo excesso de trabalho obrigou Kelly Hager a mudar de vida.

Como um coma a ajudou a ser mais feliz
Notícias ao Minuto

23:15 - 17/05/15 por Notícias Ao Minuto

Mundo Empresários

Kelly Hager era uma agente imobiliária, CEO da sua própria empresa, a viver uma carreira de sucesso. A sua vida pessoal, porém, perdia cada vez mais espaço para o temp oque passava no escritório.

À CNN, Kelly Hager, que agora faz da sua história pessoal um alerta para outras pessoas, conta que trabalhava 12 a 15 horas por dia, raramente tendo tempo para jantar com a família (ela que estava casada e tinha, em 2010, uma filho de dez anos). Ao invés, preferia apostar em jantares com clientes, sempre com o negócio e a carreira em mente.

Kelly confessa que sabia, já na altura, que não se sentia feliz. Mas foi preciso um fatídico dia, em julho de 2010, para as coisas começarem a mudar. O que começou com simples tonturas terminou com repetidos exames no hospital. Nem a punção lombar nem toda a bateria que testes porque passou explicavam o sucedido. Kelly acabou mesmo por ser colocada em coma induzido, com o objetivo de lhe salvar a vida.

Semanas depois, quando acordou, Kelly mal conseguia andar e ver em condições e sentia dificuldades para levar a cabo as tarefas mais simples. “Passar de uma pessoa independente e focada como era até precisar, literalmente, de ajuda para tomar um duche… isso é algo que muda a forma de pensar”, recorda.

O marido de Kelly acabou por pedir o divórcio pouco depois de ela sair dos Cuidados Intensivos. Estava solteira e com um filho a cargo quando voltou à vida normal. Se antes a sua mente se focava no trabalho, agora dedicava-se a recuperar fisicamente. E trabalhou também em voltar a estar com o filho, de quem chegara a perder algumas memórias durante o tempo em que esteve em coma.

Dois meses depois de voltar a casa, voltou também ao trabalho. O facto de precisar da ajuda dos seus empregados, até para simples tarefas como chegar ao emprego, permitiu maior proximidade. E Kelly conta agora à cadeia de televisão norte-americano que até as relações no trabalho mudaram, para melhor.

Em 2012, aos poucos, a vida havia voltado ao normal, embora com nuances (Kellyr, por exemplo, andava com a ajuda de uma bengala). “Podes ter tudo, mas não consegues fazer tudo sozinha”, diz, acrescentando que “podes fazer tudo se tiveres a equipa certa à tua volta”, como acredita que é o seu caso.

O seu “dia mau”, recorda agora, anos depois, afinal não foi assim tão mau. “Aprendi imenso com o que aconteceu”. Algumas coisas para Kelly não voltaram a ser as mesmas, em termos físicos. Mas psicologicamente também muito mudou. E sobre este ponto a empresária não tem dúvidas em considerar que foi para melhor.

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