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Celebrações do fim da II Guerra Mundial marcadas por novas ameaças

A Europa comemorou hoje o 70.º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazi, numa altura em que a guerra voltou ao continente, no leste da Ucrânia, e cresce a ameaça do radicalismo islâmico.

Celebrações do fim da II Guerra Mundial marcadas por novas ameaças
Notícias ao Minuto

16:33 - 08/05/15 por Lusa

Mundo Europa

Os Estados Unidos vão "manter-se unidos ao lado dos aliados, na Europa e além, em nome dos valores comuns - liberdade, segurança, democracia, direitos humanos (...) - contra o sectarismo e o ódio sob todas as formas", declarou o Presidente Barack Obama.

Longe das comemorações solenes que marcaram, no ano passado, o 70.º aniversário do Desembarque aliado na Normandia, com a presença de numerosos chefes de Estado, incluindo o russo, Vladimir Putin, os países optaram, agora, por celebrações mais nacionais.

"Nós não vivemos a guerra, vemo-la como uma realidade longínqua, por vezes abstrata, apesar de ela não estar muito longe de nós, na Ucrânia (...) no Médio Oriente, quer dizer, a quatro ou cinco horas de avião", declarou o Presidente francês.

François Hollande presidiu a uma cerimónia no Arco do Triunfo, no centro de Paris, na presença do primeiro-ministro francês, Manuel Valls, e do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, que se deslocou à capital francesa para um encontro com os homólogos do Golfo.

"Atualmente estamos solidários com o povo da Ucrânia perante a agressão russa (...) pedimos a vossa liderança na luta contra (o movimento extremista) Estado Islâmico. E saudamos a vossa ação para salvar as vidas (de migrantes) no Mediterrâneo", sublinhou Kerry numa declaração escrita.

No Reino Unido, onde decorreram na quinta-feira eleições legislativas marcadas pela vitória do primeiro-ministro conservador David Cameron, os principais dirigentes políticos realizaram uma cerimónia comemorativa pelas 12:30 TMG (13:30 em Lisboa).

A Alemanha, derrotada em 1945 e atual democracia modelo e potência económica, celebrou também "a libertação" do obscurantismo nazi e agradeceu aos Aliados ocidentais e Exército vermelho pelo empenho contra o nazismo.

Nas comemorações do 60.º aniversário, em 2005, os líderes europeus estiveram ao lado do presidente russo, Vladimir Putin, na praça Vermelha.

Este ano, os dirigentes ocidentais vão faltar às comemorações de sábado devido ao conflito no leste da Ucrânia. O Ocidente acusa o Kremlin de apoiar e armar os separatistas pró-russos na Ucrânia, o que Moscovo nega categoricamente.

Dezasseis mil soldados e 194 unidades blindadas vão desfilar na praça Vermelha, sobrevoada por 143 aviões e helicópteros. A Rússia celebra o fim da guerra a 09 de maio e não a 08, devido à diferença horária por ocasião da capitulação alemã em Berlim.

O conflito ucraniano suscita cada vez mais preocupações, sobretudo entre os países do antigo bloco de leste, que desconfiam das aspirações russas.

"Há ainda na Europa forças que lembram os períodos mais negros da história europeia do século XX, que seguem a lógica das zonas de influência e procuram manter os seus vizinhos num estado de dependência de vassalos", alertou o presidente polaco, Bronislaw Komorowski.

Para marcar a rutura com Moscovo, a Ucrânia - ex-república da URSS que pagou um elevado preço em 1941-45 - decidiu celebrar, a partir de agora, o fim da Segunda Guerra Mundial a 08 de maio e não a 09 de maio, como aconteceu nos últimos 70 anos.

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