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Cuba revela dados sobre potencial petrolífero aos EUA

Cuba forneceu na quarta-feira, pela primeira vez, informações técnicas sobre o seu potencial petrolífero a peritos dos EUA, quando os dois Estados negoceiam uma aproximação bilateral histórica.

Cuba revela dados sobre potencial petrolífero aos EUA
Notícias ao Minuto

06:26 - 07/05/15 por Lusa

Mundo Energia

"Temos convidados norte-americanos que participam" na 6.ª convenção cubana das ciências da Terra, em Havana, declarou Pedro Sorzano, diretor das atividades da empresa petrolífera estatal Cupet, em conferência de imprensa.

A Cupet apresentou durante a convenção um "resumo técnico" sobre o potencial da zona cubana situada no Golfo do México, aberta ao investimento estrangeiro.

Os participantes provenientes dos EUA são "americanos vindos sobretudo de entidades privadas", indicou Pedro Sorzano, sem especificar se estas eram grupos petrolíferos ou entidades científicas.

Este dirigente acrescentou também que "ainda não tinha sido encontrada uma empresa (norte-americana) interessada" na pesquisa de petróleo nas águas cubanas.

As empresas dos EUA têm estado proibidas de operar em Cuba, devido ao embargo instaurado por Washington em 1962 contra o regime castrista.

O Presidente dos EUA, Barack Obama, espera levantá-lo, no seguimento da aproximação histórica começada em 17 de dezembro com Havana.

O resumo apresentado na quarta-feira pela Cupet recordou os anos de trabalho realizado com vários grupos estrangeiros no Golfo do México, designadamente as três perfurações em 2012, que se saldaram em fracassos.

A Cupet "realizou um trabalho excelente de reunião de informação", para realizar agora perfurações mais adequadas, comentou à AFP o perito cubano Jorge Pinon, da Universidade do Texas, em Austin, e ex-presidente da petrolífera Amoco Oil Latinoamerica.

A zona económica cubana do Golfo do México, com 112 mil quilómetros quadrados, foi dividida em 59 blocos, dos quais 22 foram objeto de contratos com empresas de Noruega, Espanha, Índia, Venezuela, Vietname, Malásia, Angola e Federação Russa.

Mas, devido à ausência de resultados positivos das perfurações, apenas permanecem PDVSA (Venezuela), Sonangol (Angola) e Zarubezhneft (Rússia).

Cuba já produz 25 milhões de barris por dia, mas de petróleo extra pesado que apenas serve para a produção de eletricidade, cimento ou asfalto, o que cobre metade do seu consumo. O resto é importado da Venezuela, com facilidades de pagamento por parte deste seu aliado.

"A questão não é a de saber se Cuba tem ou não petróleo no Golfo do México, mas quando vai ser descoberto", disse o responsável da exploração da Cupet, Rafael Tenrreyro.

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