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Interseção do navio Maersk Tigris deve-se a razões financeiras

O caso da interseção do navio 'Maersk Tigris' no golfo Pérsico por navios de guerra iranianos é puramente financeiro, disse hoje Hamid Reza Jahanian, chefe da sociedade iraniana que apresentou queixa, informou a agência Fars.

Interseção do navio Maersk Tigris deve-se a razões financeiras
Notícias ao Minuto

19:16 - 02/05/15 por Lusa

Mundo Irão

"Infelizmente, alguns procuram explorar politicamente o caso, mas a realidade limita-se aos danos que a Maersk nos fez sofrer", declarou Reza Jahanian, nas primeiras declarações que fez desde o início do incidente.

O Irão intercetou, na terça-feira, perto do Estreito de Ormuz, o Maersk Tigris, um navio porta-contentores da empresa dinamarquesa Maersk, com pavilhão das ilhas Marshall. O grupo dinamarquês já pediu ao Irão a libertação dos 24 tripulantes.

O incidente surgiu numa altura em que estão elevadas as tensões na região, depois de a Arábia Saudita e os seus aliados do Golfo realizarem ataques aéreos no Iémen contra os rebeldes 'huthi', apoiados pelo Irão.

Os Estados Unidos estão a fornecer informações secretas e reabastecimento de combustível em voo à coligação liderada pelos sauditas.

Na quinta-feira, o Pentágono anunciou que navios de guerra acompanham agora os navios americanos no Golfo.

"O Maersk Tigris estava perto do Estreito de Ormuz e solicitou a assistência de um porta-aviões dos Estados Unidos (...) um navio e caças americanos dirigiram-se para o navio, mas a nossa marinha conseguiu encaminhá-lo para o porto de Bandar Abbas", acrescentou Reza Jahanian, que dirige a empresa Talayieh Pars Oil Products.

Aquele responsável acrescentou que o navio estava em águas iranianas quando foi intercetado e confirmou que a disputa entre a sua empresa e a Maersk remonta ao início de 2000 e tem a ver com contentores enviados para o porto de Jebel Ali (Emirados Árabes Unidos) e nunca entregues ao cliente, o que terá provocado à empresa prejuízos na ordem dos 10 milhões de dólares (8,9 milhões de euros).

"Os contentores nunca foram recuperados pelo destinatário ou por qualquer outra pessoa. Após 90 dias e como dita a lei, a carga foi destruída", explicou a Maersk.

Reza Jahanian pediu ainda à sociedade Maersk que pague os prejuízos causados à sua empresa.

"Se a Maersk pagar o que lhe pedimos, o navio será libertado, se não os bens ou mesmo o navio poderão ser leiloados", acrescentou Reza Jahanian, sublinhando que a sua empresa é privada e que exporta produtos petrolíferos refinados para os países árabes do golfo e para países asiáticos.

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