Responsáveis negam ter sido discutido 'plano B' para a Grécia
Vários ministros das Finanças da zona do euro e o Comissário Europeu Pierre Moscovici negaram hoje que se tenha falado no Eurogrupo de um 'plano B' para a Grécia, embora a Eslovénia tenha confirmado que puxou o assunto.
© Reuters
Mundo Eurogrupo
Segundo várias fontes, o ministro das Finanças da Eslovénia, Dusan Mramor, falou na reunião informal de sexta-feira, em Riga (capital da Letónia), na necessidade de se avançar para um 'plano B' para a Grécia, perante a falta de progressos nas negociações quanto às medidas a adotar por Atenas.
"A minha intervenção foi sobre o que faremos a seguir se não conseguirmos um novo programa a tempo de a Grécia se poder financiar e melhorar a sua liquidez. Isso foi tudo e um 'plano B' pode ser qualquer coisa", limitou-se a dizer Dusan hoje à chegada ao Ecofin, que reúne os ministros das Finanças da União Europeia (UE).
Por sua vez, o ministro das Finanças francês, Michel Sapin, disse sexta-feira que no Eurogrupo informal só se falou de um "plano A", a Grécia no euro e na UE, e garantiu que não existem quaisquer planos "B, C, D ou E".
Do mesmo modo, também o ministro austríaco, Jörg Schelling, garantiu que "não há nada de verdade" em informações que dão conta de algum debate em torno de um 'plano B'.
Também o comissário europeu para os Assuntos Económicos e Financeiro, Pierre Mioscovici, afirmou que "não há um plano B" porque a Grécia "deve permanecer na zona euro"
Segundo o francês, na sexta-feira "não houve pressão", mas exigências às autoridades gregas para avançarem com reformas porque, por um lado, a Grécia tem de respeitar os seus compromissos e, por outro, é o melhor para os gregos e a recuperação da sua economia.
"Creio que vimos nas expressões de Yanis Varoufakis que essa mensagem foi entendida e confio que retomaremos agora as negociações com mais força", considerou.
Os relatos da imprensa dão conta de um ambiente hostil para com Varoufakis na reunião de sexta-feira do Eurogrupo, com muitos ministros a tecerem palavras duras para com a atitude do ministro das Finanças grego.
O próprio presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, admitiu na conferência de imprensa que esta foi uma "discussão muito crítica" e voltou a dizer que "o tempo está a esgotar-se" para a Grécia.
Já a ministra das Finanças de Portugal, Maria Luís Albuquerque, que disse que não interveio na parte da Grécia por não ter nada a acrescentar ao que outros colegas disseram, considerou que o "tom de frustração" dominou essa parte do encontro.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com