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Sociedade civil moçambicana marcha hoje contra a xenofobia

Organizações da sociedade civil em Moçambique realizam hoje em Maputo uma marcha contra a onda de violência xenófoba na África do Sul, culminando com a entrega de uma carta de repúdio à Embaixada sul-africana na capital moçambicana.

Sociedade civil moçambicana marcha hoje contra a xenofobia
Notícias ao Minuto

07:00 - 25/04/15 por Lusa

Mundo África do Sul

"Esta é uma marcha que representa o nosso repúdio veemente às autoridades sul-africanas perante a onda de xenofobia. É uma condenação veemente à liderança política da África do Sul e às declarações do rei Zulu [Goodwill Zwelithini]. Queremos enaltecer a nossa indignação e exigir uma indeminização às vítimas", disse à Lusa Salomão Muchanga, presidente do Parlamento Juvenil moçambicano, que organiza o protesto, em conjunto com a Liga dos Direitos Humanos e a Solidariedade Islâmica.

Desde que os ataques contra estrangeiros eclodiram na África do Sul, há cerca de duas semanas, mais de 600 moçambicanos refugiram-se em centros de acomodação temporária, dos quais a maioria já regressou a Moçambique.

No passado sábado, uma manifestação também contra a xenofobia na África do Sul e com o mesmo destino foi igualmente promovida por ativistas da sociedade civil, tendo reunido apenas cerca de cem pessoas, num protesto não autorizado pelo Conselho Municipal de Maputo.

A nova marcha começará às 07:30 de Maputo (06:30 em Lisboa) e vai percorrer toda a avenida Eduardo Mondlane, no centro da capital moçambicana, e terminará na Embaixada de África do Sul, onde será entregue uma carta de repúdio às autoridades diplomáticas sul-africanas.

De acordo com o presidente do Parlamento Juvenil moçambicano, além de uma carta dirigida ao presidente sul-africano, as organizações da sociedade civil em Moçambique vão apresentar outras duas, uma ao presidente da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), Robert Mugabe, e outra ao Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, expressando o seu "total repúdio".

Para fugir dos altos índices de pobreza em Moçambique, a população, principalmente a mais jovem das zonas rurais do sul do país, emigra ilegalmente para a Africa do Sul, à procura de melhores condições de vida no país vizinho e uma das economias mais avançadas de África.

A vaga de violência teve início após declarações atribuídas ao rei zulu, Goodwill Zwelithini, convidando os estrangeiros a fazer as malas e a partir e que o próprio disse entretanto, no auge da crise, ter sido mal interpretado.

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