Jacob Zuma cancela deslocação devido à onda de violência
O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, cancelou hoje uma visita à Indonésia "para se ocupar de problemas domésticos" relacionados com a violência contra estrangeiros no país, informou hoje o gabinete do chefe de Estado.
© Reuters
Mundo Indonésia
A polícia, na região do KwaZulu-Natal informou hoje que deteve 78 pessoas supostamente envolvidas em atos de violência racista que já fizeram pelo menos seis mortos nas últimas duas semanas.
Zuma deveria deslocar-se hoje à Indonésia para participar na Cimeira África Ásia que comemora o acordo de Bandung de 1955, em que os líderes dos dois continentes impulsionaram os movimentos de libertação e autodeterminação.
Jacob Zuma vai ser substituído pelo vice-presidente Cyril Ramaphosa no encontro internacional que vai decorrer na Indonésia.
Hoje, o presidente sul-africano deve visitar os estrangeiros que foram obrigados a abandonar os locais onde residiam e que se encontram num acampamento em Chatsworth, Durban.
O chefe de Estado voltou a condenar os ataques contra os estrangeiros, incluindo cidadãos moçambicanos, e pediu à polícia para continuar a trabalhar "dia e noite, proteger as populações" e para prender os responsáveis.
As últimas informações das autoridades de Moçambique indicam que 107 moçambicanos, incluindo 21 crianças, regressaram a Moçambique na sexta-feira e foram instalados num campo em Boane, província de Maputo, repatriados da África do Sul devido à onda de violência xenófoba.
Entretanto, mais de cem pessoas manifestaram-se hoje em Maputo contra a onda de violência na África do Sul, numa marcha que teve terminou junto à Embaixada sul-africana na capital moçambicana.
A manifestação, organizada por membros da sociedade civil, iniciou-se às primeiras horas da manhã na avenida Eduardo Mondlane, quando dezenas de pessoas se reuniram em frente ao edifício da Eletricidade de Moçambique, e prosseguiu pelo centro da capital moçambicana de modo pacífico.
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