Vitória da direita em escrutínio local a dois anos das presidenciais
A esquerda socialista no poder em França sofreu hoje uma pesada derrota nas eleições locais, batida pela oposição de direita que conquistou entre 64 e 70 departamentos em 101, segundo as projeções dos institutos de sondagens.
© Lusa
Mundo França
A Frente Nacional (extrema-direita) granjeou muitos mandatos na segunda volta do escrutínio, mas o partido de Marine Le Pen não estava certo de vencer o desafio de ganhar em pelo menos um departamento, indicaram as mesmas fontes.
Estas eleições são encaradas, em França, um teste para as próximas presidenciais, agendadas para 2017.
A esquerda detinha até agora 61 departamentos em 101. Hoje à tarde, as projeções indicavam que ela não conservará a liderança de entre 27 e 37 departamentos.
A esquerda mostrou-se "demasiado dispersa" e "sofreu um claro recuo", admitiu numa mensagem o primeiro-ministro socialista, Manuel Valls, que nas últimas semanas multiplicou as tentativas para deter a Frente Nacional (FN) de Marine Le Pen.
O primeiro-ministro condenou mais uma vez "resultados demasiado elevados da extrema-direita", por considerar que a FN constitui "um perigo mortal" e "pode ganhar as eleições presidenciais" de 2017.
Hoje, "ficou patente o repúdio em relação ao poder; foi a negação, a impotência, que foi sancionada", sublinhou, por seu lado, o líder do partido de direita UMP, o ex-presidente Nicolas Sarkozy (2007-2012).
Cerca de 40 milhões de franceses foram chamados a votar. A participação aumentou cerca de 50 por cento, segundo as empresas de sondagens.
Pouco depois das 18:00 TMG (19:00 em Lisboa), as projeções não indicavam ainda se a FN vai ganhar algum departamento. O partido de extrema-direita poderá conquistar um ou dois departamentos, ou nenhum, indicaram os institutos de sondagens.
A FN, que encarava a hipótese de uma vitória pela primeira vez na sua história, tinha em vista o departamento de Vaucluse (sul), onde se instalou Marion Maréchal-Le Pen, sobrinha da presidente da FN e estrela em ascensão do partido. A extrema-direita contava também impor-se no norte de França, nos departamentos de Aisne e Pas-de-Calais.
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