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Presidente da Tunísia enaltece unidade do povo e agradece a solidariedade internacional

O presidente da Tunísia, Beji Caid Essebsi, assinalou a unidade do povo tunisino contra a ameaça terrorista e agradeceu a solidariedade dos líderes mundiais que hoje o acompanharam na marcha contra o terrorismo convocada pelo governo tunisino.

Presidente da Tunísia enaltece unidade do povo e agradece a solidariedade internacional
Notícias ao Minuto

18:36 - 29/03/15 por Lusa

Mundo Beji Caid Essebsi

"Os tunisinos demonstraram hoje que não temem o terrorismo. Quando Tunes é atacada, todos os tunisinos se unem", disse o presidente antes de se juntar à marcha em que participaram milhares de pessoas.

Essebsi, fortemente escoltado, juntou-se aos manifestantes ladeado por altos dirigentes árabes e europeus como os seus colegas francês, François Hollande, o palestiniano Mahmud Abas e o polaco Bronislaw Komorowski.

Na manifestação participou ainda o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, o seu homólogo argelino, Abdelmalek Sellal, e representantes de outros países europeus que quiseram condenar o massacre no Museu Nacional do Bardo.

François Holande destacou a necessidade de unir esforços para derrotar o terrorismo 'jhadista' em geral e defender Tunes em particular, país que serve de exemplo da democracia e os direitos no mundo árabe.

Portugal esteve representado pelo secretário de Estado dos Assuntos Europeus, Bruno Maçães, e pelo vice-presidente da Assembleia da República, Miranda Calha.

Entretanto, o primeiro-ministro da Tunísia, Habib Essid, afirmou hoje que o líder do principal grupo 'jihadista' tunisino, Abu Sakhr Lokmane, acusado de ter executado o ataque de 18 de março contra o Museu Nacional do Bardo, foi morto no sábado por forças tunisinas.

"As forças tunisinas mataram ontem à noite (sábado) os elementos mais importantes da Brigada Okba Ibn Nafaa, liderada por Lokmane Abu Sakhr", disse o primeiro-ministro aos jornalistas, classificando esta operação como "muito importante na campanha [da Tunísia] contra o terrorismo".

Este sucesso reclamado pelas autoridades da Tunísia ocorre no dia de uma grande marcha "contra o terrorismo", que está a juntar hoje em Tunes dezenas de milhares de pessoas e funcionários estrangeiros de alto nível.

Abu Sakhr foi morto numa operação das forças especiais na região de Gafsa (centro-oeste), na qual foram mortos ao todo nove 'jihadistas' armados.

Os homens pertenciam alegadamente à brigada Okba Ibn Nafaa, ligada à Al-Qaida no Magrebe Islâmico (AQIM), que as autoridades acreditam estar por trás do ataque de 18 de março ao Museu do Bardo, que vitimou 21 turistas e um polícia, apesar do mesmo ter sido reivindicado pela organização 'jihadista' rival do Estado Islâmico.

A brigada Okba Ibn Nafaa integra, de acordo com as autoridades, dezenas de homens, entre os quais estrangeiros, especialmente mais argelinos do que tunisinos, e será responsável pela morte de sessenta polícias e militares desde dezembro de 2012.

Este grupo reivindicou o ataque do ano passado contra a casa do ministro do Interior de então, em Kasserine, cidade vizinha de Monte Chaambi, onde se encontra o principal grupo 'jihadista' na Tunísia.

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