Autoridades são-tomenses preocupadas com excesso de produtos químicos
São Tomé e Príncipe tem importado para utilização na saúde e agricultura uma quantidade excessiva de produtos químicos, correndo o risco de se tornar num "reservatório de produtos nocivos à saúde humana", afirmam responsáveis da área do ambiente.
© Lusa
Mundo Risco
"Vamos tentar ver como é que vai ser, se é possível que parte importante desses produtos sejam exportados, ou se é possível fazer o seu tratamento aqui (em São Tomé), ou ver qual o país que tem tecnologia apropriada na sub-região para que se possa eliminar esses produtos", disse à Lusa o diretor-geral do Ambiente.
"Não será possível acabar já com todos esses lixos, vamos receber contentores especializados para tirar todos os produtos que existem nas antigas empresas agrícolas e transportá-los para o Morro Carregado", disse Arlindo de Carvalho.
Morro Carregado é um terreno isolado, situado no Distrito de Lembá, pouco mais de 22 quilómetros a norte da cidade de São Tomé.
Arlindo de Carvalho garantiu que a eliminação desses produtos "ainda vai levar algum tempo", manifestando-se, no entanto, otimista com a deslocação nos próximos dias a São Tomé de especialistas da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (ONUDI) "para orientar, aconselhar e ajudar a formular esta estratégia de eliminação desses produtos".
Segundo o diretor-geral do Ambiente, o país tem importado mais quantidade desses produtos de que necessita, o que pode fazer do arquipélago "um reservatório de produtos obsoletos".
Na semana passada, o diretor-geral da ONUDI, Alfredo Cueva, deslocou-se a São Tomé para acompanhar os trabalhos que as autoridades são-tomenses têm desenvolvido para eliminar aquele tipo de produtos.
A Direção-geral do Ambiente, com o apoio da ONUDI, estão a preparar um "programa de ação" para a gestão destes produtos e o representante da ONU considerou importante que esse programa seja suportado por medidas legislativas.
"As leis são importantes para a implementação de projetos como os que estamos formulando e nesse sentido o apoio da assembleia [parlamento] é fundamental, pois é ela que aprova essas leis que regulamentam esses projetos", disse Alfredo Cueva.
Os poluentes químicos que neste momento constituem maior preocupação para as autoridades são-tomenses são o DDT e o Malation, que a ONUDI considera "altamente tóxicos", mas que foram empregues até aos últimos cinco anos no combate ao paludismo.
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