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Mapa mostra exemplos de maus tratos a animais em Portugal

Touradas, jardins zoológicos, passeios de charrete e a possibilidade de nadar com golfinhos são exemplos sobre Portugal recolhidos num mapa digital, promovido por uma fundação espanhola, que pretende alertar os turistas para más práticas relacionadas com animais.

Mapa mostra exemplos de maus tratos a animais em Portugal
Notícias ao Minuto

13:18 - 13/03/15 por Lusa

Mundo Espanha

Lisboa, 13 mar - Touradas, jardins zoológicos, passeios de charrete e a possibilidade de nadar com golfinhos são exemplos sobre Portugal recolhidos num mapa digital, promovido por uma fundação espanhola, que pretende alertar os turistas para más práticas relacionadas com animais.

O mapa, um projeto da fundação de defesa animal FAADA, de Barcelona, está disponível em www.turismo-responsable.com e foi criado para dar a conhecer aos turistas as atividades com animais existentes nos vários países para que "possam viajar de forma responsável", disse a coordenadora da FAADA, Giovanna Constantini, citada pela agência de notícias espanhola EFE.

Sobre Portugal, o mapa dá como exemplo as corridas de touros, sublinhando que, em algumas localidades, existe permissão para matar o touro na arena.

O mapa cita também uma investigação de 2011 sobre 10 zoológicos portugueses, realizada pela Born Free Foundation(Reino Unido), cujos resultados mostraram que os parques zoológicos autorizados não estavam totalmente de acordo com as normas da União Europeia, enquanto outros operavam sem licença.

Segundo a informação, os zoológicos não dão "qualquer contribuição significativa à conservação das espécies", sendo que a conservação da maioria dos animais nestes parques não é considerada prioritária.

"Das espécies ameaçadas, apenas 57 por cento faziam parte de um programa europeu de criação em cativeiro", adianta o texto.

Acrescenta ainda que a informação disponibilizada aos visitantes sobre a conservação era inadequada, muitos parques fomentavam o contacto direto entre os animais selvagens e o público e organizavam espetáculos com animais sem qualquer mais-valia educativa.

Na informação sobre Portugal é ainda mostrada preocupação com os passeios em carros puxados por cavalos (charretes).

"Numerosos animais são explorados além dos seus limites, enquanto levam turistas por terrenos acidentados, debaixo do sol, sem água ou descanso. Sofrem insolações, feridas e são espancados em consequência destas 'experiências turísticas' em que os benefícios económicos para os proprietários estão sempre acima do bem-estar dos animais", afirma-se no texto.

Nadar com golfinhos é outra das atividades apontada no mapa, que considera que esta prática, que acontece sobretudo no Algarve, tem "graves implicações para os animais e pode ser perigosa para as pessoas".

No mapa, que está online há uma semana, aparecem todos os países e as atividades que fazem com animais para atrair turistas, desde os passeios com elefantes em muitos países asiáticos até às tradicionais corridas de carros de cavalos na Alemanha ou aos passeios em camelo no Egito.

Alerta também para as tradições vendidas turisticamente, como os pacotes de caça na África do Sul, onde os turistas podem caçar leões em reservas.

As lutas com galos nos países da América do Sul, como Peru, Bolívia ou Colômbia, ou o treino de macacos para roubar turistas são outros exemplos que constam do mapa.

Segundo Giovanna Constantini, um dos países que mais maltrata os animais é a Tailândia, onde 3.800 dos 5 mil elefantes do país se encontram em cativeiro, sendo na sua maioria usados para passeios ou exibidos em espetáculos.

Sobre Espanha, a informação disponibilizada afirma que as touradas se fazem com animais "drogados e confundidos, que são apunhalados várias vezes até à morte".

O mapa visa alertar os viajantes para a exploração turística dos animais, revelando o que se esconde por detrás de cada espetáculo ou transporte animal.

O mapa indica ainda, em cada país, uma lista de centros de recolha e projetos de voluntariado que trabalham na conservação e no tratamento de animais, bem como de organizações não-governamentais de proteção de animais.

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