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ONU insta Colômbia a acabar com impunidade em ataques
O gabinete do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos na Colômbia instou, esta sexta-feira, Bogotá a acabar com "a histórica tendência de impunidade" e a envidar mais esforços para identificar os responsáveis por ataques contra ativistas.
© DR
Mundo Ativista
Em comunicado, o organismo expressou a sua "profunda rejeição e condenação" pelo assassínio do ativista Carlos Alberto Pedraza, de 29 anos, perpetrado na semana passada, cujos autores se desconhecem.
"O Estado tem o dever legal de prevenir, investigar e punir os delitos e violações de direitos humanos e de levar os responsáveis à Justiça. Este é um direito de todas as pessoas e um dever de todos os Estados", acrescentou o gabinete da ONU.
Alertou ainda que "quando o Estado falha, a impunidade promove a repetição dos crimes e o aumento da insegurança que nos impede de exercer os nossos direitos".
Neste sentido, destacou que a morte de Pedraza teve "um impacto intimidatório" entre os cidadãos e junto dos movimentos sociais e de defesa dos direitos humanos.
Por isso, instou a Colômbia a envidar todos os esforços e a munir-se de todos os recursos necessários para identificar os responsáveis pelos ataques e crimes contra os defensores dos direitos humanos, esclarecer as suas motivações e aplicar as punições estabelecidas na lei.
"No âmbito dos esforços para alcançar a paz, o assassínio de Carlos Alberto evidencia que persiste a vulnerabilidade das pessoas que defendem os direitos humanos e que apostam na construção de um país em paz", refere o organismo no mesmo comunicado.
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) também instou, esta sexta-feira, a Colômbia a investigar o crime, manifestando a sua preocupação relativamente à "persistência dos assassínios, ameaças e hostilização" de que são alvo ativistas.
Pedraza, licenciado em Ciências Sociais e dirigente do movimento Congresso dos Povos, foi encontrado morto pela polícia judiciária, com um tiro na cabeça, a 21 de janeiro, no município de Gachancipá, a norte da capital colombiana, Bogotá.
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