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HRW acusa polícia de usar força excessiva contra manifestantes

A Human Rights Watch acusou hoje a polícia egípcia de usar "força excessiva" contra manifestantes, após a morte de 20 pessoas durante as concentrações que marcaram no fim de semana o quarto aniversário da revolta popular de 2011.

HRW acusa polícia de usar força excessiva contra manifestantes
Notícias ao Minuto

14:05 - 26/01/15 por Lusa

Mundo Egito

"Quatro anos após a revolução, a polícia continua a matar, de forma regular, manifestantes", afirmou a diretora para o Médio Oriente da Human Rights Watch (HRW), Sarah Leah Whiston.

A organização não-governamental, com sede em Nova Iorque, pediu "uma investigação independente sobre o uso excessivo da força por parte das autoridades" para reprimir "protestos aparentemente pacíficos".

Os confrontos entre manifestantes e as forças de segurança ocorridos no domingo no Cairo e na cidade costeira de Alexandria aconteceram depois de os islamitas terem apelado a manifestações contra o ex-chefe do exército e atual chefe de Estado egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, para assinalar o levantamento popular em 2011.

Pelo menos 19 manifestantes, a maioria apoiantes de Mohamed Morsi (o primeiro Presidente eleito democraticamente no Egito, deposto pelo exército em julho de 2013), e um polícia morreram nos confrontos, confirmou um responsável do Ministério da Saúde egípcio.

Quase todas as mortes foram registadas na capital egípcia, à exceção de um manifestante que perdeu a vida em Alexandria.

O anterior balanço dos incidentes dava conta de 15 mortos.

O clima de tensão instalou-se na capital egípcia antes do dia do aniversário da revolta popular. No sábado, uma manifestante egípcia foi morta pela polícia durante um protesto que decorreu na praça Tahrir.

A 25 de janeiro de 2011 começaram os 18 dias de gigantescas manifestações que obrigaram o então presidente Hosni Mubarak a demitir-se, a 11 de fevereiro.

Al-Sissi, eleito em maio passado com mais de 90 por cento dos votos depois de ter destituído Morsi, desfruta do apoio de uma grande parte da opinião pública, cansada de quatro anos de instabilidade política e de crise económica.

Mas os seus detratores acusam-no de ter instaurado um regime ainda mais autoritário que o de Mubarak, que reprime qualquer oposição, quer islâmica, quer laica.

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