A grande maioria das pessoas que sofre de Alzheimer passa por alterações de comportamento como a depressão e a ansiedade. Um novo estudo publicado no jornal ‘Neurology’, e citado pela Time, refere que este género de alterações começam a verificar-se muito antes de serem detetadas as perdas de memória, o que pode ajudar familiares e amigos a anteciparem o prognóstico.
Os investigadores analisaram 2.416 pessoas em mais de 50 aspetos da sua capacidade cognitiva durante sete anos e descobriram que 1.218 haviam desenvolvido esta demência.
Aqueles a quem foi detetada a doença tinham o dobro do risco de desenvolver casos de depressão, muitos antes de se começarem a fazer sentir as perdas de memória características da doença. Tinham também mais apetência para desenvolver delírios.
Verificou-se, igualmente, que os sintomas apareciam por fases: primeiro, irritação, depressão e alteração de comportamentos à noite; depois, ansiedade, mudanças de apetite, agitação e apatia; e, por fim, exaltação, distúrbios motores, alucinações, delírios e desinibição.
Embora tenha sido possível fazer esta associação não é ainda possível confirmar se as mudanças registadas no cérebro, e que são responsáveis pelas mudanças de comportamento, se têm alguma coisa a ver com as alterações que causam a perda de memória.
No entanto, os investigadores acreditam que as alterações de comportamento relacionadas com o aparecimento do Alzheimer podem ajudar a intervir antecipadamente neste tipo de casos.