Casa Branca admite que devia ter enviado alto representante a Paris

A Casa Branca admitiu hoje que devia ter enviado um alto responsável de primeiro plano à "marcha republicana" realizada no domingo em Paris que reuniu mais de um milhão de pessoas, incluindo cerca de 50 líderes mundiais.

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Lusa
12/01/2015 19:50 ‧ 12/01/2015 por Lusa

Mundo

Paris

"Deveríamos ter enviado alguém ao mais alto nível", admitiu Josh Earnest, porta-voz da administração norte-americana, em resposta às duras críticas feitas pela imprensa norte-americana sobre a ausência do Presidente Barack Obama ou de outro responsável do executivo, como o vice-presidente Joe Biden ou o secretário de Estado John Kerry, neste evento sem precedentes.

Obama está a ser duramente criticado por vários 'media' norte-americanos por não ter participado na grande marcha contra o terrorismo, realizada após os ataques 'jihadistas' que fizeram 17 mortos na semana passada na capital francesa.

"Deixaste cair o mundo", exibia hoje a primeira página do jornal New York Daily News, numa referência a Obama.

Vários líderes mundiais deslocaram-se a Paris para participar nesta marcha de apoio às vítimas dos ataques que chocaram a França e o mundo inteiro.

Ao lado do Presidente francês, François Hollande, estiveram na marcha os líderes do Reino Unido, Espanha, Itália, Alemanha e Portugal, mas também altos representantes de Israel, da Palestina e da Jordânia.

Os Estados Unidos foram representados pela embaixadora norte-americana em Paris, Jane Hartley.

"Como americano, gostaria de ter sido melhor representado nesta bela marcha", lamentou Jake Tapper, durante uma reportagem na estação CNN.

Também a revista norte-americana especializada Politico abordou a ausência de altos representantes nesta manifestação antiterrorista num artigo com o título "Obama virou as costas a França".

O secretário da Justiça norte-americano, Eric Holder, estava em Paris, mas não desfilou com os líderes internacionais. O chefe da diplomacia norte-americana, John Kerry, estava a realizar uma visita à Índia.

Obama e Biden não tinham eventos programados na agenda oficial para o dia da marcha em Paris.

Kerry anunciou hoje entretanto que vai deslocar-se sexta-feira a Paris para encontros com as autoridades francesas, tentando minimizar as críticas contra a administração norte-americana.

"Vou viajar quinta-feira e estarei [em Paris] na sexta-feira", afirmou John Kerry, referindo que pretende mostrar a relação entre os Estados Unidos e o seu aliado mais antigo.

"As relações com a França não têm um dia ou um momento específico", acrescentou o secretário de Estado norte-americano.

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