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Região de Leiria recolhe bens para vítimas da ilha do Fogo

A Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL) está a recolher bens para as vítimas das erupções vulcânicas que assolam a ilha do Fogo, Cabo Verde, disse hoje à agência Lusa o presidente daquela organização, Raul Castro.

Região de Leiria recolhe bens para vítimas da ilha do Fogo
Notícias ao Minuto

20:00 - 17/12/14 por Lusa

Mundo Cabo Verde

"Estamos a lançar, através dos municípios que integram a comunidade, a captação de dádivas, desde materiais de construção, geradores, roupas, alimentos não perecíveis, entre outros bens", afirmou Raul Castro.

O também presidente da Câmara de Leiria, município que celebrou um acordo de cooperação e amizade em 1994 com São Filipe, explicou que os bens serão depois remetidos para este concelho cabo-verdiano.

"Vamos entregar a São Filipe, pois os três municípios da ilha do Fogo têm uma plataforma conjunta para fazer face a esta fatalidade", esclareceu, adiantando que a campanha de recolha de bens será feita nos dez concelhos que integram a CIMRL.

Além de Leiria, fazem parte da CIMRL os municípios de Alvaiázere, Ansião, Batalha, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Marinha Grande, Pedrógão Grande, Pombal e Porto de Mós.

Segundo o presidente da Câmara de Leiria, assim que houver capacidade para completar um contentor avançar-se-á de imediato com o seu envio, "sem prejuízo de outros contentores poderem ser remetidos para a ilha".

"Estamos a fazer contactos com empresas e vamos difundir através dos órgãos de comunicação social", acrescentou Raul Castro, referindo que os interessados em participar nesta campanha devem contactar a sede da CIMRL, em Leiria, e, no caso da Câmara de Leiria, os serviços de ação social.

Em 1995, aquando da erupção do vulcão que flagelou as populações residentes em Chã de Caldeiras, Leiria participou numa campanha de solidariedade, tendo respondido "com o envio de algumas toneladas de bens não perecíveis e vestuário", lê-se no sítio na Internet deste município português.

O vulcão da ilha do Fogo entrou em erupção no dia 23 de novembro e a lava mantém-se a pouco mais de 600 metros de Bangaeira, povoação que, tal como Portela, foi destruída pela torrente, distando 3,5 quilómetros de Fernão Gomes, o "ponto crítico", uma vez que, a partir daí, segue-se a encosta montanhosa que desce abruptamente para Mosteiros (norte).

Se a atividade vulcânica se agravar e a lava ultrapassar Fernão Gomes, situado a uma altitude de quase 1.900 metros, a torrente não encontrará quaisquer obstáculos em descer a encosta até ao mar, percurso onde se situam duas povoações - Cutelo Alto e Fonsaco -, cujos cerca de 2.300 habitantes estão em alerta para uma eventual evacuação.

Até agora, o vulcão não provocou quaisquer vítimas, tendo desalojado os cerca de 1.500 habitantes de Portela e Bangaeira, as duas povoações de Chã das Caldeiras, planalto que serve de base aos vários cones vulcânicos da ilha do Fogo.

Os prejuízos estão avaliados pelas autoridades cabo-verdianas em mais de 45 milhões de euros.

Entretanto, a União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa e a Embaixada de Cabo Verde em Lisboa divulgaram a lista dos bens de necessidade urgente, onde se incluem "kits" de primeiros socorros e de cozinha, rádios VHS e VHF, televisores, cobertores, lençóis, macas, catres, reservatórios de água, material médico, como água oxigenada, ligaduras e gesso, entre outros, alimentos não perecíveis e materiais escolares e pré-escolares.

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