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O que a ciência já descobriu sobre o sorriso

É a forma mais graciosa de agradecer, de cumprimentar e de ‘comunicar’ com outra pessoa. O sorriso é dos gestos mais admirados e já foi alvo de estudo por parte de cientistas. A Exame revela alguns dos factos que a própria ciência já descobriu sobre o sorriso.

O que a ciência já descobriu sobre o sorriso
Notícias ao Minuto

20:51 - 15/12/14 por Notícias Ao Minuto

Mundo Estudo

Marilisa Mesquita, da Universidade de Lisboa, foi das primeiras a descrever cientificamente o sorriso: é uma curvatura ascendente das comissuras labiais e das expressões mais fáceis de serem produzidas e reconhecidas pelos seres humanos. Mas a relação entre a ciência e este gesto não se fica por aqui.

Segundo a Exame, o número de vezes que uma pessoa sorri foi avaliado pelo neurocientista Scott Weems. No seu livro “Ha!”, este clínico revela que, em média, uma pessoa sorri 15 a 20 vezes por dia e é à noite que ocorrem com mais frequência. Além disso, sorrir é uma das melhores formas de alivar o stresse e estimular o humor.

Mas quem ri mais? As mulheres. Uma pesquisa da universidade de Maryland, nos Estados Unidos, indica que as mulheres riem mais 20% do que os homens. Mas se os homens sorrirem para as mulheres estas sentem-se sexualmente mais atraídas, como revela um estudo do Canadá citado pela Exame.

Em 1962, a região africana de Kahasha foi alvo de um ataque de riso. O surto, lê-se no site, levou ao enceramento de escolas durante seis meses e estima-se que quase mil pessoas foram contaminadas por esta epidemia.

Mas se pensa que o sorriso é apenas uma forma de mostrar afeto, desengane-se. Segundo uma investigação do FBI, o sorriso dos seguranças pode intimidar os presumíveis assaltantes e é usado como forma de ação não violenta no combate aos roubos. Esta tática levou à redução em 50% dos casos de assaltos num ano.

Sabia que quando nos rimos a informação enviada do cérebro para os nossos músculos das pernas quase desaparece e é por isso que tendemos a curvar o corpo quando rimos muito? Esta é a conclusão de um estudo da universidade de Leiden, na Holanda.

Em Oxford, conclui-se que uma boa risada pode ajudar a reduzir em 10% a sensação de dor. E como se não bastasse, sorrir é também sinónimo de longevidade: a universidade de Wayne, nos Estados Unidos, constatou que os inquiridos que não sorriam nas imagens que viam viveram em média 72,9 anos; já os que esboçaram um sorriso ou deram uma gargalhada apresentaram uma esperança média de vida de 79,9 anos.

E já que falamos em viver muito, Lee Berk, médico ligado à universidade americana Loma Linda, revela que ver meia hora de comédias por dia ajuda a prevenir doenças do coração.

O sorriso foi também alvo de estudo nos mais pequenos. Segundo a psicóloga Emma Otta, da universidade de São Paulo, no Brasil, os bebés prematuros sorriem mais do que aqueles que nascem após os nove meses de gestação.

Ainda no campo dos mais pequenos, uma investigação britânica revela que a maioria das crianças até aos sete anos são mordidas por cães porque confundem o rosnar do animal com um sorriso, só porque este tem os dentes à mostra.

Afinal, o sorriso amarelo existe mesmo e é prova de falsidade. Esta é a convicção de cientistas do Instituto de Tecnologia do Massachussets. Após uma avaliação computorizada dos rostos dos participantes, concluíram que os sorrisos verdadeiros apareciam de forma gradual e não espontânea e que demoravam mais tempo a desaparecer, o que não acontecia nos que eram forçados.

E o sorriso não é apenas uma coisa de pessoas. Charles Darwin revelou em tempos que fazer cócegas a chimpanzés faz com que riam e emitam sons semelhantes aos das pessoas.

O sorriso foi ainda alvo de estudo a nível laboral. As pessoas com cargos menos importantes têm tendência a sorrir mais do que aquelas que assumem posições mais poderosas dentro de uma empresa.

Sorrir é ainda uma forma de gratidão. Na Áustria e no Paraguai é o gesto mais usado para agradecer durante atendimentos em lojas ou locais, revela um estudo da Smiling Report.

Além disso, e para terminar, o sorriso é ainda o maior combatente da solidão. Um estudo da universidade de Perdue, nos Estados Unidos, diz que receber um sorriso de um desconhecido reduz a sensação de que se está sozinho.

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