Banco Mundial pede cautela ao Governo angolano

O Banco Mundial (BM) alertou hoje o Governo angolano a "tomar cautelas" na realização de créditos, apesar da sua baixa taxa de dívida externa, e também a fazer "despesas de boa qualidade".

Banco Mundial corta previsão para metade e põe Angola a crescer 1,5% este ano

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Lusa
02/12/2014 21:06 ‧ 02/12/2014 por Lusa

Mundo

Cautela

O conselho foi hoje dado pelo diretor do Banco Mundial para Angola, Gregor Binkert, em conferência de imprensa, na qual anunciou um apoio orçamental solicitado pelas autoridades angolanas para cobrir o défice do Orçamento Geral do Estado para o próximo ano, de 7,6%.

Segundo o diretor do BM, "é possível realizarem-se créditos, mas por outro lado é preciso ser muito cauteloso e é importante aumentar a cada ano a qualidade das despesas".

"Cada ministério tem que ter os técnicos, os engenheiros para preparar bem os projetos, fazer concursos, selecionar boas empresas e depois fazer a monitoria da execução das obras, tudo isso é um trabalho institucional, mas é muito importante", sublinhou o responsável.

Um dos pilares em que assenta o apoio orçamental do BM ao Governo angolano no ano fiscal de 2015, o primeiro que a instituição realiza a este nível, é na área da reforma do investimento público.

Gregor Binkert realçou que a baixa do preço do petróleo pode obrigar o Governo angolano a rever o OGE para 2015, tendo que "cortar algumas coisas".

"Esta parte também faz parte do ajustamento. Pode fazer alguma dívida, mas também é bom cortar quando a receita cai tanto. Mas a minha perceção é que o Ministério das Finanças, o Governo de Angola está bastante preparado para isso, tem vários cenários", valorizou o director do BM para Angola.

A dívida pública angolana atingirá em 2015, na previsão do Ministério das Finanças, os 48,3 mil milhões de dólares (38,7 mil milhões de euros), o que corresponde a 35,5% do Produto Interno Bruto (PIB), entre dívida externa (24,5%) e dívida contraída internamente (11%).

O défice nas contas públicas, de 7,6% do PIB, corresponderá a uma necessidade de financiamento, prevista, de 1,031 biliões de kwanzas (8,2 mil milhões de euros).

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