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Homicida de soldado partilhou intenções nas redes sociais

Um dos homicidas do soldado britânico Lee Rigby, morto em maio de 2013 num bairro de Londres, partilhou numa rede social a sua intenção de matar um militar, cinco meses antes do ataque, divulgou hoje a britânica BBC.

Homicida de soldado partilhou intenções nas redes sociais
Notícias ao Minuto

20:50 - 25/11/14 por Lusa

Mundo Inglaterra

De acordo com a estação pública britânica, Michael Adebowale, um britânico de origem nigeriana, afirmou em dezembro de 2012 durante uma conversa com um interlocutor no estrangeiro, através da rede social Facebook, que planeava "matar um soldado da maneira mais gráfica e chocante".

Em reação a este caso, um porta-voz do Facebook afirmou que as normas da empresa são "claras".

"Não permitimos conteúdos terroristas na rede e tomamos medidas para impedir que pessoas utilizem o nosso serviço com este propósito", declarou o porta-voz, afirmando ainda que a empresa também ficou horrorizada com o assassínio de Lee Rigby, que foi morto em plena luz do dia a 22 de maio de 2013.

Num relatório hoje divulgado sobre o papel dos serviços secretos britânicos no caso Rigby, a Comissão de segurança e serviços de informação do Parlamento britânico concluiu que os serviços não disponham de meios e de informação para prevenir o assassinato do soldado.

O mesmo documento criticou o facto de as empresas de Internet não fornecerem informação aos governos sobre potenciais terroristas.

O relatório mencionou o episódio da conversa online mantida por Michael Adebowale, mas não revelava o nome da empresa, que seria posteriormente divulgado pela BBC.

A estação pública britânica avançou ainda que o interlocutor de Michael Adebowale era um alegado radical com ligações à Al-Qaeda na Península Arábica.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou hoje que as grandes empresas do sector da Internet têm uma "responsabilidade social" para agir perante conteúdos terroristas colocados 'online'.

No seguimento do relatório da comissão parlamentar, Cameron anunciou hoje que vai atribuir 130 milhões de libras (cerca de 164 milhões de euros) adicionais aos serviços secretos britânicos, de forma a melhorar a identificação de potenciais terroristas.

O soldado Lee Rigby foi morto com múltiplos cortes e quase decapitado em plena luz do dia perto do quartel onde estava destacado, localizado no bairro londrino de Woolwich.

O ataque foi perpetrado por Michael Adebowale, de 22 anos, e Michael Adebolajo, de 29 anos.

Os dois homens, britânicos de origem nigeriana, justificaram o ataque como um ato de defesa do Islão.

Em fevereiro passado, Michael Adebolajo foi condenado a prisão perpétua, enquanto Adebowale foi condenado a um mínimo de 45 anos de prisão.

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