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Bósnia deverá "reforçar a democracia" em integração europeia

Portugal e Croácia declararam hoje o seu apoio à integração europeia da Bósnia-Herzegovina, que deverá procurar "reforçar a democracia e construir um verdadeiro Estado de Direito", considerou o ministro português dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete.

Bósnia deverá "reforçar a democracia" em integração europeia
Notícias ao Minuto

16:04 - 21/11/14 por Lusa

Mundo Machete

O governante reuniu-se hoje de manhã, no Palácio das Necessidades, com a vice-primeira-ministra e responsável dos Negócios Estrangeiros e Europeus da Croácia, Vesna Pusic, de visita a Portugal.

Durante a reunião, foi abordada a situação da Bósnia-Herzegovina, "um país vizinho da Croácia e com o qual Portugal tem uma relação próxima, fruto da participação nacional durante muitos anos nos esforços de segurança daquele país", disse Rui Machete, na conferência de imprensa que se seguiu ao encontro dos chefes da diplomacia dos dois países.

"Concordamos na importância de prosseguir a via da integração europeia da Bósnia-Herzegovina, a qual deverá ser promovida pelo reforço da democracia e pela construção de um verdadeiro Estado de Direito", afirmou.

A governante croata lembrou que o seu país, enquanto membro da União Europeia (UE), desde julho de 2013, está agora "numa posição melhor para trabalhar com a Bósnia, a Sérvia, Montenegro, e outros países da região que estão em fases diferentes na sua aproximação ou mesmo negociação para a entrada na comunidade".

"Podemos, pela primeira vez, no caso da Bósnia-Herzegovina, mostrar a nossa posição, mas também influenciar a discussão e a política da União Europeia, por exemplo, na aplicação dos critérios de adesão, muito importantes, mas também para uma abordagem mais proativa, no sentido de trabalhar com aquele país para ir ao encontro desses critérios", declarou Vesna Pusic.

Na sua opinião, o papel que a Croácia ganhou no apoio à estabilização da região dos Balcãs é uma das alterações "mais importantes" decorrente da adesão do país à UE, a par da melhoria das exportações e do crescimento da indústria, que considerou resultarem do impacto do mercado comum.

A vice-primeira-ministra croata salientou ainda que Portugal e Croácia "frequentemente têm interesses em comum dentro da UE, devido às suas posições geográficas, nas pontas da união, mas também devido às ligações a sul".

"Os nossos vizinhos no norte de África são importantes para os dois países e para a União Europeia e por isso estamos interessados em estabilizar e trabalhar com essa região como um parceiro da UE", declarou.

A Bósnia foi reconhecida em 2003 como candidato potencial à adesão à UE e em 2008 assinou um acordo de estabilização e associação, aceitando as condições para a integração.

Em janeiro de 2008 entrou em vigor um acordo de readmissão e simplificação dos processos de emissão de vistos, que permitiu aos cidadãos da Bósnia-Herzegovina deslocarem-se mais facilmente para o espaço da União. Em fevereiro foi ainda adotada uma parceria europeia, que enumera diversos domínios de ação prioritários e define novas prioridades, mas que registaram poucos progressos.

A UE permanece no país com uma força militar (operação Eufor Althea) iniciada em 2004 no âmbito da política externa e de segurança e da política europeia de segurança e defesa.

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